Alunas do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) e da escola pública estadual Dr. Fernando Castro, do município de Buriticupu, visitaram as instalações da Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (3). As 46 estudantes, de 14 a 18 anos, são oriundas do projeto “Escola de Liderança para Meninas”, desenvolvido em parceria com a ONG Plan International.
O objetivo era conhecer as instalações da Casa e o trabalho desenvolvido pelo Poder Legislativo Estadual. As servidoras do IFMA Karen Bertoldo (bibliotecária), Maristhela Rodrigues (professora de Filosofia) e Danielly Pessoa (técnica de laboratório de Química), coordenaram o grupo.
“Essa visita integra um programa de formação de lideranças femininas e busca fomentar uma participação mais ativa dessas meninas, no sentido de ocupar determinados espaços de poder e de decisão nessa perspectiva mais cidadão e democrática”, esclareceu Maristhela Rodrigues.
O grupo foi recepcionado pela diretora adjunta de Desenvolvimento Social da Alema, Juliana Guerra, no auditório da Escola do Legislativo, onde assistiu a um vídeo institucional sobre o Poder Legislativo Estadual. Em seguida, conheceu o Plenário da Casa. Depois, visitou o Salão Nobre, onde se encontra a galeria de ex-presidentes da Assembleia, assistiu à sessão legislativa e, por último, participou de uma roda de conversa com a deputada Daniela Tema (DEM), no Plenarinho.
Importância da visita das meninas
Da tribuna da Assembleia, a deputada Cleide Coutinho (PDT), segunda secretária da Mesa Diretora, fez o registro da presença do grupo de alunas e destacou a simbologia da visita. “Nós, mulheres, temos que parar de ser as coitadinhas. Nós somos, sim, lutadoras. Nós trabalhamos, estudamos, nos capacitamos, e é isso que eu tento dizer às mulheres que me cercam porque, quando trabalhamos e estudamos, nós vencemos. Parabenizo vocês, por virem conhecer o Poder Legislativo estadual”.
Para Daniela Tema, a visita foi de fundamental importância, pois estimulou cada uma delas a querer participar da política. “Sempre me coloco à disposição para dialogar com os grupos que visitam a Assembleia. Parabenizo os idealizadores do programa e a iniciativa da visita”, ressaltou.
“É de grande relevância recebermos a visita dessas meninas. E é bom que se ressalte que foi iniciativa delas fazer essa visita e não de deputados como geralmente acontece. É muito importante para essas meninas que almejam a ocupação de mais espaço da mulher na sociedade conhecer como funciona o Poder Legislativo. É um prazer recebê-las e poder contribuir para a formação política de todas elas”, disse a diretora adjunta de Desenvolvimento Social da Alema.
Impressão das meninas
Thamires Barbosa Araújo, 18 anos, aluna do 3º ano do curso de Análises Químicas, comentou a visita. “Vivenciamos o que estudamos em sala de aula, ou seja, como percebemos a ocupação de espaço das mulheres nesses locais. A gente sabe que, na nossa sociedade, esses espaços de poder são tirados das mulheres. A maior prova disso é que constatamos que a Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão nunca teve uma presidente mulher. Precisamos mudar essa realidade. E parece que começou a mudar, pois soube que a Mesa Diretora atual da Assembleia é formada por mulheres, em sua maioria”, afirmou.
Juliana Braga da Silva, 17 anos, aluna do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Fernando Castro, disse que a visita foi de grande importância para sua formação política. “Essa visita amplia o nosso conhecimento sobre a ocupação de espaço da mulher na sociedade e, particularmente, nos espaços de poder, como é o Poder Legislativo Estadual. Vimos que as mulheres têm conseguido avançar na ocupação de espaços, mas ainda falta muito”, enfatizou.
Clara Marcelle, 17 anos, aluna do 3º ano do curso de Meio Ambiente, complementou. “Tem muita significância em nossas vidas. A gente sabe que as mulheres na política ainda são poucas. E quando a gente visita esses espaços, percebemos que podemos ocupá-los. Mas ainda não é comum a mulher está na política de forma ativa. Ainda somos minoria. Essa visita gera um sentimento de esperança e de empoderamento no sentido de que é possível sim a mulher ocupar mais espaço de poder. Só depende de nossa vontade!”, afirmou
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