Indústria da moda pede esclarecimento sobre couro brasileiro após crise na Amazônia

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Compradores, que incluem marcas como Dolce & Gabbana, Gucci e Timberland, cogitaram cancelar pedidos, afirma entidade representativa dos curtumes.




Fogo consome floresta em Novo Progresso, no Pará.
Fogo consome floresta em Novo Progresso, no Pará. 
crise ambiental desencadeada pelo aumento das queimadas na Amazônia e pela reação tardia do Governo começa a ter reflexo no mercado brasileiro. Na terça-feira o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil enviou um comunicado ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, informando que ao menos 18 marcas estrangeiras —dentre elas Timberland e Vans— haviam suspendido a importação do couro nacional em função das queimadas. Nesta quarta-feira a assessoria de imprensa da entidade divulgou novo texto afirmando que não houve “suspensão” de compra, mas apenas “pedidos de informação sobre a procedência do couro”.
“As grandes marcas internacionais são clientes nossos, Dolce & Gabbana, Gucci... Eles são muito exigentes com relação às certificações", afirmou José Fernando Bello, presidente do Centro. “Neste momento em que há clamor mundial pela Amazônia acendeu a luz vermelha pra eles. Num primeiro momento eles nos contataram e informaram que poderiam cancelar. Mas não houve cancelamento e, sim, pedido de informações adicionais”. De acordo com Bello, os curtumes brasileiros “se modernizaram”, e possuem todas as certificações necessárias, algumas concedidas por órgãos europeus. No entanto, ele afirma que “é preciso um cuidado na comunicação: para construir uma imagem é difícil, para destruir são dois minutos”.

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