Brasil já negocia com empresas estrangeiras que desejam usar Alcântara para lançamentos

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Estrutura do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, onde situa-se a plataforma de lançamento de foguetes

Após o Senado aprovar o uso comercial da Base de Alcântara, a Agência Especial Brasileira (AEB) está negociando com empresas estrangeiras que desejam utilizar o local para lançamento de microssatélites. 
Localizada no Maranhão, a base é considerada uma das melhores plataformas do mundo para lançamento de foguetes, devido a sua proximidade à Linha do Equador, que diminui custos em até 30%. 
"Com o acordo passamos a ter conversas mais práticas. Estamos vendo o que seria viável fazer em Alcântara. Saímos da fase de especulação. Não posso divulgar nomes, mas existe, por exemplo, um grupo forte querendo se instalar em Alcântara para lançamentos de grande porte. Estamos abertos a todas as possibilidades", disse o presidente da AEB, Carlos Augusto Teixeira de Moura, segundo publicado pelo canal de tecnologia do UOL. 
Segundo Moura, empresas de pequeno e médio porte estariam interessadas em usar o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), que passará a ser chamado de Centro Especial de Alcântara (CEA). 
O governo brasileiro espera fechar negócios em breve, consolidando-se no setor do lançamento de pequenos satélites e faturando com um novo mercado, que segundo estimativas poderia triplicar nas duas próximas décadas. 

'Foguete de 50, 100 toneladas no máximo'

Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, que permite o uso comercial da base, foi aprovado em novembro no Senado. De acordo com a Agência Espacial Brasileira, o mercado espacial global movimentará R$ 4,4 trilhões em 2040. O objetivo do Brasil é ficar com pelo menos 1% desse montante, o que equivale a R$ 44 bilhões por ano a partir de 2040. 
O tratado gera polêmica, pois poderia significar perda de soberania brasileira da Base de Alcântara, principalmente para os Estados Unidos, que têm forte presença na área de tecnologia espacial. 
O acordo, por exemplo, contém cláusulas para proteger a tecnologia norte-americana de lançamento de foguetes e normas para a circulação e uso da base pelos técnicos brasileiros. 
O presidente da AEB disse que, inicialmente, serão explorados os pequenos satélites de órbita baixa. "Alcântara está preparado para lançar foguete de 50, 100 toneladas no máximo", afirmou Moura. 
Segundo ele, as empresas só precisariam levar os foguetes para a base, que já conta com a infraestrutura de lançamento. "Ela traz o foguete, chega lá nas áreas de plataformas de lançamento e pronto. O restante já temos", afirmou.
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