By: Marco Aurélio D'Eça.
Esquema controlado há anos por feirantes e agiotas impede as obras da Prefeitura de São Luís por quem não quer perder o controle irregular das barracas. No João Paulo, a reforma foi cancelada; na Cohab, resultou na morte do administrador do mercado
A morte do administrador da Feira da Cohab, Dimas Garcia de Araújo, na manhã desta quinta-feira, 17, expõe um esquema histórico nas feiras e mercado de São Luís; o controle irregular de boxes, bancas e barracas por feirantes e agiotas.
Pelas regras de comodato da Secretaria de Abastecimento, cada feirante tem direito a um ponto de venda, mas, na prática, há um verdadeiro esquema milionário de vendas e locação desses pontos.
Dimas morreu porque, após a reforma da Feira da Cohab – que está sendo iniciada pela prefeitura de São Luís – cada feirante ficaria com duas bancas. O assassino – que sequer trabalha na feira – controlava quatro pontos e não aceitava perder este esquema.
A máfia controla todas as feiras.
No João Paulo, a ampla obra de reforma teve que ser cancelada pela prefeitura por que ops ‘donos de boxes” não aceitavam perder o controle dos pontos de aluguel.
No mercado, o maior de São Luís, há “feirante” que controla até 10 pontos – e cobram alugueis diários.
O resultado é uma feira desorganizada, imunda e sem infraestrutura.
Mas controlada pela máfia dos boxes…
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