Maioria das obras foram selecionados por meio de edital que privilegiou escritores locais; evento, que encerrou domingo (20), teve sua sétima edição realizada pela gestão do prefeito Edivaldo.
Mais de 70 obras literárias maranhenses inéditas são lançadas durante a 13ª Feira do Livro de São Luís. Com o objetivo de incentivar escritores maranhenses a difundirem suas obras, a 13ª Feira do Livro de São Luís (FeliS) teve como destaque o lançamento de mais de 70 livros só nesta edição, selecionados por meio de edital, em uma média de sete livros lançados por dia na Casa do Escritor. O último fim de semana de Feira foi marcado por palestras, contações de histórias e programação de incentivo à leitura. O evento, que encerrou domingo (20) é promovido pela Prefeitura de São Luís, sendo a sétima edição realizada pela gestão do prefeito Edivaldo.
“Todo ano lançamos a chamada pública para democratizar a escolha das obras e dar oportunidade a todos que tenham interesse em lançar livros na FeliS. Além dos selecionados no edital, muitos escritores que não se inscreveram acabam procurando a organização do evento para lançar oficialmente a sua obra e nós tentamos ao máximo encaixar todos por entender que a Feira também tem como objetivo difundir nomes e a literatura local. Tudo é pensado para valorizar nossos escritores, temos grandes nomes contemporâneos que precisam ser conhecidos por todos”, destacou o secretário municipal de Cultura, Marlon Botão.
O espaço foi também um momento dos escritores se envolverem mais com o público, com bate-papos sobre os livros e rodas de perguntas em que os autores responderam dúvidas dos leitores. Com o lançamento dos livros na Casa do Escritor, eles tiveram a oportunidade de assinar seus livros e registrar fotos com os leitores no Espaço do Autógrafo. O historiador Iramir Alves Araújo lançou ‘O Mulato’, em quadrinhos, obra de Aluísio Azevedo – patrono da 13ª FeliS – que inaugurou o naturalismo no Brasil. O escritor contou a preocupação de manter as características originais da obra ao adaptar para o novo formato.
Além dele, também foi lançado no domingo (20) os livros: ‘Randolpho, gato branco de olhos azuis’, por Francinete Braga Santos, Conceição Castro e Talita do Monte; ‘Chulé, o cachorro do Pedrinho’, por Francinete Braga Santos; ‘Descobrindo a mediunidade aos 14 anos’, por Marcela Lima da Silva; ‘Meio ambiente e práticas sustentáveis’, por José Carlos Aroucha Filho; ‘Gonçalves Dias e o mistério de sua morte nos atins' e ‘Cordel das emoções sem lágrimas de crocodilo’, por Paulo Oliveira; e ‘O pequeno dicionário de paixões cruzada’, por José Ewerton Neto.
No sábado (19), a escritora dos livros ‘Incorporação e compartilhamento do desejo: notas sobre corporalidades’ e ‘O caráter associativo entre travestis em São Luís – Maranhão’, Juciana de Oliveira Sampaio, falou sobre a proposta da editora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), que com o edital da Secult, colaboraram para o lançamento, além do compartilhamento e democratização do conhecimento. “É uma boa iniciativa. O livro é fruto da minha dissertação de mestrado pela Universidade Federal do Maranhão e abordo aspectos de experiência de vida, corporal, social, sentimental das travestis residentes da cidade de São Luís. Elas rompem o referencial normativo de gênero e por conta disso sofrem uma serie de exclusões e marginalizações, mas mesmo diante de todas essas adversidades constroem laços de fortalecimento”.
O espaço teve um público fiel de várias faixas etárias, admiradores, amigos e fãs dos autores. Um desses foi Davi Jucá Aranha, que demonstrou sua admiração pela literatura de Juciana de Oliveira Sampaio. “Foi através de uma obra dela que passei a estudar mais, já sabia um pouco sobre o assunto e me agregou muito no meio acadêmico. Achei bem válido este espaço para lançamento de livros, porque possibilitou uma interação com os escritores”, disse.
A escritora do livro ‘Digo te amo pra todos que me fodem bem’, Seane Melo contou sobre seu primeiro romance. “A personagem principal, Vanessa, representa um tipo de mulher. Ela é dona de si, senhora do seu desejo. O livro no fundo é a saga de uma pessoa que está procurando ser amada”, explicou.
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