Vice-presidente da Fundação João Mangabeira, Alexandre Navarro, durante abertura do Pense Brasil Meio Ambiente, ao lado do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. |
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, fez um discurso empolgante sobre o processo de Autorreforma pelo qual passa o partido.
O evento da Fundação João Mangabeira, do PSB, reuniu ecologistas, cientistas, e líderes políticos em Macapá, AP.
O Seminário Pense Brasil Meio Ambiente: fronteiras e profundidades do Brasil Sustentável, realizado pela Fundação João Mangabeira (FJM), do Partido Socialista Brasileiro, PSB, deu continuidade à discussão sobre a conservação e o desenvolvimento sustentável da Amazônia, temas que norteiam o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia do PSB.
Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, disse na abertura do seminário que a região Amazônica deve ser a prioridade do projeto de desenvolvimento nacional. A partir da riqueza deste grande bioma, a Amazônia tem capacidade de contribuir para o desenvolvimento do Brasil e do planeta. Alexandre Navarro, vice-presidente da Fundação João Mangaberia, afirmou que “sustentabilidade tem três pernas: sociedade, economia e ambiente. Hoje, a sustentabilidade tem o mesmo peso que a democracia”.
Prêmio Nobel da Paz em 2017, Philip Fearnside, cientista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), abriu o painel A Verdade Sobre os Números do Desmatamento e as Consequências da atual Política Ambiental Brasileira, inconformado com o descaso com o qual o governo Bolsonaro trata o Meio Ambiente. “Quando o ministro do Meio Ambiente posa para os jornais em uma plantação de soja ilegal, dentro de uma reserva indígena, ele está passando a ideia de impunidade. Os dados do INPA asseguram que não há causa natural para o aumento das queimadas na Amazônia, que elas são obras do homem”. Philip também fez um alerta sobre o aquecimento global. “Com as mudanças climáticas, no ritmo que estão, em 2100, teremos um aumento de temperatura de 6º a 8º, podendo chegar a uma temperatura de mais de 50º nos dias mais quentes. E o governo brasileiro se alinha com os negacionistas do aquecimento global e quer deixar o Acordo de Paris”.
Fábio Maia, diretor de organização da FJM, lançou o livro História do Partido Brasileiro no Amapá, editado pela Fundação João Mangabeira. O livro conta a história do PSB Amapá, fundado em 1986, quando o Amapá, ainda era Território Federal. A trajetória do Partido no Estado se confunde com a história da família Capiberibe, que levou a gestão do PSB ao governo estadual, em dois mandatos, à prefeitura de Macapá e às bancadas da Câmara dos Deputados e do Senado.
Na mesa Promover a Conservação e o Desenvolvimento na Amazônia: Utopia ou Realidade, Ismael Nobre, diretor científico do Projeto Amazônia 4.0, a presentou o trabalho que vem fazendo ‘para levar as novas tecnologias e inteligência artificial para agregar valor à biodiversidade da Amazônia. “Com as novas tecnologias se agrega valor à produção local e as comunidades deixam vender matéria bruta, com baixo valor. Um exemplo é a produção de chocolate, onde é necessário manter um padrão de qualidade na torrefação do cacau e do cupuaçu. Com máquinas equipadas com sensores e inteligência artificial conseguimos produzir o mesmo produto em várias comunidades. Essa produção é viável a partir de micro usinas de energia solar, que viabilizam também ligação, via internet, por satélite”.
João Capiberibe, ex-governador do Amapá, trouxe um exemplo prático e apresentou oo Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá, implantado em seu governo, na década de 1990. “Com o programa, um grupo extrativista do sul do Estado, que vendia castanhas a troco de leito em pó, passou a dominar toda a cadeia produtiva da castanha, produzindo farinha, biscoitos e óleo de castanha, que passou a ser consumido na merenda escolar da rede pública de ensino e até hoje é fornecido para a Natura, indústria de cosméticos. Esse grupo criou o Fundo Iratapuru, com $ 14 milhões em investimentos, responsável pela educação e capacitação de todos os jovens da comunidade”.
Especialista em Direito Ambiental, Eldis Camargo dos Santos, mostrou que o país tem uma legislação para o Meio Ambiente e outra para os Recursos Hídricos, mas que o Meio Ambiente exige ações integradas, que é impossível fazer uma boa gestão ambiental no País com essas duas leis que não se conversam.
Os deputados do PSB, Janete Capiberibe, Alessandro Molon, e Camilo Capiberibe discutiram o Papel do Congresso na Agenda Ambiental, mostraram as pautas e os embates referentes à questão do Meio Ambiente, que são relevantes no Congresso Nacional nesse momento e como o PSB pode contribuir com o desenvolvimento sustentável.
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