Muitas cidades brasileiras ainda discutem formas de desativar seus lixões. Em São Luís superamos este debate há quatro anos e agora avançamos para outras etapas da gestão de resíduos sólidos, onde o foco das ações municipais na área terão ainda mais ênfase na profissionalização da reciclagem e, naturalmente, no desenvolvimento das pessoas que integram essa cadeia: os catadores.
Antes de São Luís ter políticas públicas profissionais de limpeza urbana eram as cooperativas de catadores de materiais recicláveis que garantiam o mínimo de coleta seletiva em nossa cidade, apesar das suas condições precárias de trabalho. Quando assumi a Prefeitura e dei início a um novo modelo de gestão na limpeza urbana, uma das minhas primeiras preocupações foi criar mecanismos que integrassem as cooperativas ao nosso Sistema de Limpeza Urbana.
Por isso, estamos executando a construção de dois galpões de triagem de materiais recicláveis que entregarei às cooperativas de catadores. Os galpões terão estrutura de mini-indústria e contarão com todo o maquinário necessário para que os catadores possam trabalhar de forma digna. Desta forma, reconhecemos o importante trabalho que eles prestam à nossa cidade ao mesmo tempo em que valorizamos estes profissionais, dando a eles condições de empreender para que possam gerar emprego e renda. Esta é também uma importante política de inclusão social.
E só chegamos nesta etapa da profissionalização da gestão de resíduos sólidos porque realizamos um planejamento detalhado de ações e investimentos que têm nos permitido avançar cada vez mais. Quando assumi, em 2013, encontrei uma cidade que tinha diversos problemas decorrentes do Lixão da Ribeira, que há muitos anos havia atingido o limite de sua capacidade operacional e o índice de reciclagem da cidade não ultrapassava os 0,12%.
Em 2015, o Lixão da Ribeira foi desativado. O prazo era 2018 e há cidades que pedem prorrogação para 2021. Hoje, São Luís é a capital nordestina que mais recicla o lixo que produz, (2,34%) e faz parte de um grupo seleto de 12% das cidades das regiões Norte e Nordeste que não têm mais lixão a céu aberto. Juntas, as duas regiões têm 2.244 municípios e nós estamos em um grupo de menos de 270 cidades. No Brasil, ainda existem cerca de 3 mil lixões.
Até 2013, a população dispunha basicamente de coleta domiciliar, que funciona de forma irregular. Em minha gestão o serviço foi regularizado e ampliado e agora atende a 100% dos bairros. Todos os veículos passaram a ser substituídos a cada cinco anos, o que reduz a emissão de gás carbônico e melhora a qualidade do ar da nossa cidade. Implantei ainda um sistema de monitoramento que permite verificar o cumprimento de toda a rota de coleta, evitando falhas no serviço.
Com a implantação dos ecopontos eu garanti que o cidadão pudesse fazer a coleta seletiva em sua casa, descartando de forma correta os resíduos volumosos, evitando o descarte irregular nas ruas, avenidas e outros espaços públicos da nossa cidade.
Entendendo a importância de promover a conscientização da população, estamos desenvolvendo uma ampla campanha de educação ambiental que incentiva o descarte correto do lixo e ensina o cidadão como fazer a separação dos resíduos domésticos.
Com isso, digo com tranquilidade que minha gestão foi a que mais investiu em limpeza urbana em São Luís. Temos ainda outros investimentos que faremos até 2020. E não se tratam apenas de ações para melhorar índices – que são importantes e atestam os avanços do trabalho que estamos desenvolvendo.
Todos os investimentos que tenho feito no setor são medidas efetivas de uma gestão que tem compromisso com a limpeza, sustentabilidade e saúde pública, fazendo delas instrumentos para a geração de emprego e renda, a inclusão social e preservação ambiental.
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