Trata-se de dois aviões da Força Aérea russa, um Antonov An-124 e um avião de passageiros Ilyushin Il-62, que chegaram no sábado à rampa presidencial do Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Maiquetía, nos arredores de Caracas. De acordo com a imprensa e analistas locais, no comando da operação estava o chefe do Comando Principal das Forças Terrestres da Rússia, Vasili Tonkoshkurov.
A chegada dos aviões ocorreu poucas horas depois de Nicolás Maduro dizer que havia precisado reforçar a sua segurança porque havia um plano liderado por
Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, para matá-lo. "Acabamos de desmantelar um plano do Fantoche Diabólico, que ele dirigia pessoalmente para me matar”, declarou Maduro, referindo-se ao presidente interino. "Nos próximos dias certamente haverá novas imagens, de novos terroristas, chamem-se como quiserem", disse ele em um evento público repleto de advertências e ataques a seus opositores denominado, paradoxalmente, "contra o terrorismo e o ódio".
Poucas horas antes, o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, mostrou evidências dos supostos planos de
"terrorismo" com os quais estariam vinculados Guaidó, Roberto Marrero, seu chefe de gabinete, e Leopoldo López, atualmente sob prisão domiciliar, assim como outros líderes do partido Vontade Popular. De acordo com Rodríguez, Marrero, que foi preso na quinta-feira de madrugada, é "o principal elo" para a realização de atos violentos em território venezuelano a cargo de centro-americanos chegados nos últimos dias ao país.
A Rússia, junto com a
China e a Turquia, é um dos principais aliados estratégicos de Maduro, tanto em matéria política, econômica e energética como nas questões militares, um legado do falecido Hugo Chávez, que durante sua presidência (1999-2013) promoveu essa aliança. O presidente
Vladimir Putin apoiou Maduro ante o desafio de Juan Guaidó, que mais de 50 Governos no mundo, incluindo o dos Estados Unidos, reconhecem como presidente interino.
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