![Imagem de globo mundial](https://cdnbr1.img.sputniknews.com/img/1577/19/15771975_0:0:3640:1970_1000x541_80_0_0_e64865bf5741f8fdf722d588f52d0dfa.jpg.webp)
O antigo continente só é considerado como tal desde 2017, até agora não havia um mapa detalhado sobre a área que preencheria se não estivesse 94% submerso.
Na segunda-feira (29), pesquisadores do instituto científico GNS Science da Nova Zelândia anunciaram ter mapeado a forma e o tamanho do continente Zelândia em detalhes sem precedentes. Eles colocaram seus mapas em um site interativo para que os usuários pudessem explorar virtualmente o continente, escreve o portal Business Insider.
"Fizemos estes mapas para fornecer uma imagem precisa, completa e atualizada da geologia da Nova Zelândia e da área do sudoeste do Pacífico, melhor do que já tivemos antes", disse Nick Mortimer, que liderou a pesquisa, em um comunicado.
A equipe de Mortimer mapeou toda a superfície batimétrica dentro e em volta do continente submerso, retratando linhas costeiras, os limites territoriais e mostrando os nomes das principais características subaquáticas, publicando os mapas no portal da instituição.
![Este mapa utiliza a rede GEBCO 2019, o primeiro resultado do projeto Seabed2030, que é uma iniciativa global para mapear o fundo do oceano de todo o mundo até 2030. O projeto é uma colaboração entre a Fundação Nippon no Japão e a Carta Batimétrica Geral dos Oceanos (GEBCO, na sigla em inglês). NIWA, GNS Ciência e Informação da Terra Nova Zelândia estão liderando conjuntamente o Centro de Coordenação e Montagem de Dados Regionais do Oceano Pacífico Sul e Oeste, sediado em Wellington, Nova Zelândia](https://cdnbr1.img.sputniknews.com/img/1577/22/15772220_0:0:1200:1747_1200x1747_80_0_0_a9718d03c1a310cf8d745c0e72eb9a8f.jpg.webp)
Carta batimétrica do continente Zelândia
outro mapa demonstra os tipos de crosta da Zelândia, desde a crosta oceânica mostrada em azul aos triângulos vermelhos, onde estão os vulcões.
![Isto revela os 5 milhões de quilômetros quadrados do continente Te Riu-a-Maui / Zelândia, uma pequena parte dos quais está em terra, mas a maior parte está sob o mar. As cores mostram a crosta continental em tons de vermelho, laranja, amarelo e marrom e a crosta oceânica em tons de azul. A crosta do arco de ilhas é rosa e a crosta da grande província ígnea é verde (Uma grande província ígnea é uma grande acumulação de rochas ígneas resultantes do magma viajando através da crosta em direção à superfície.)](https://cdnbr1.img.sputniknews.com/img/1577/19/15771941_0:0:1200:1748_1200x1748_80_0_0_8bf77fe22ef8bd1565b36a16cd89f8cc.jpg.webp)
A Zelândia se estende por cerca de cinco milhões de km2, dos quais apenas 6% estão acima do nível do mar, compondo as ilhas neozelandesas e a ilha da Nova Caledônia, o que dificulta a tarefa da pesquisa.
Segundo a teoria aceita, a Zelândia se formou como parte do supercontinente Gondwana que, por sua vez, se formou junto com Laurásia após separação do supercontinente Pangeia. A Zelândia se afundou quase completamente entre 60 e 85 milhões de anos atrás.
O conceito do continente Zelândia foi proposto pela primeira vez pelo geofísico Bruce Luyendyk em 1995, apesar de ele dizer que nunca quis que o nome fosse definitivo.
"A razão pela qual criei este termo foi por conveniência. Eles são pedaços da mesma coisa quando se olha para Gondwana. Então pensei: 'Por que você continua nomeando esta coleção de peças como coisas diferentes?'"
O reconhecimento por cientistas da superfície como continente chegou em 2017, sendo antes considerado um microcontinente. O projeto de mapeamento de Zelândia faz parte de uma iniciativa global de mapear toda a superfície oceânica mundial até 2030.
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