Estátuas associadas ao racismo, à escravidão e ao colonialismo têm sido alvo de manifestantes em diferentes países, dentro da onda global de protestos desencadeada pelo assassinato de George Floyd por um policial branco nos EUA. O movimento agora chega a Portugal, que dominou o tráfico de escravos por séculos.
António Vieira (1608-1697) foi um dos mais influentes padres jesuítas do século 17, com uma longa atuação no Brasil, em período que o território era dominado por Portugal.
Na visão de alguns historiadores, Vieira foi conivente com a escravidão, assim como a própria Igreja Católica. Embora alguns atribuam ao padre certa defesa dos indígenas, a Ordem Jesuíta é descrita por algumas correntes de pesquisadores como uma instituição que, por vezes, explorou o trabalho indígena e impôs um processo de aculturação pela catequese.
Quando foi instalada, em junho de 2017, a estátua do padre António Vieira foi motivo de confronto entre grupos de combate ao racismo e neonazistas.
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