Em entrevista à Agência EFE em Santa Cruz, na Bolívia, Prado defendeu mais uma vez essa hipótese, que estará na nova edição do seu livro "A Guerrilha Imolada", que analisa a queda de Guevara enquanto participante de um movimento guerrilheiro há 50 anos no país andino.
“Depois de tantos anos, o que foi desvendado é finalmente Che enviou para morrer aqui. Se livraram dele, essa é a realidade”, afirmou Prado.
De acordo com o general, a intenção do líder cubano Fidel Castro não seria essa, mas “a liderança do Partido Comunista Cubano não tolerava o seu caráter e a sua forma impulsiva”.
A tese levantada pelo general boliviano não é nova e já foi negada anteriormente pelo governo de Cuba e pela família de Che Guerava. Contudo, Prado aponta a tese como a única possível na quarta edição do seu livro, que conta a saga de luta e captura o guerrilheiro e seus companheiros.
Contudo, o famoso “Diário de Che na Bolívia”, encontrado por militares bolivianos e publicado em vários idiomas, o próprio Guevara aponta o apoio do governo cubano à incursão na Bolívia, o que refuta a tese de que, à época, o guerrilheiro e Fidel estivessem rompidos.
Em outro escrito de Guevara, a famosa “Mensagem aos povos do mundo através da Tricontinental”, ele apontou a necessidade de se “criar dois, três… muitos Vietnãs”, em referência ao conflito armado que se desenrolava no fim dos anos 1960 no Sudeste Asiático entre comunistas e capitalistas.
Para Che, era importante criar centros de guerrilha em diferentes partes do mundo. Seria essa a sua missão tão logo deixou Cuba, de acordo com a mesma mensagem.
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