Feito cangaceiro em sua marcha ao Supremo Tribunal Federal – com seu exército de empresarios parecendo jagunços milicianos – presidente parece querer passar a ideia do “sou eu quem mando”, típico de déspotas ao sentir a perda da autoridade.
Editorial
Em mais um ato absurdo – e improvável em qualquer circunstância político-social – a marcha do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal, nesta quinta-feira, 7, é o que se pode chamar de ato final de um déspota.
Um recado, do tipo “estou disposto a tudo para manter o poder”.
Em sua tentativa de mostrar autoridade, Bolsonaro quis dizer quem é que manda, mas apenas tomou mais um ato contra a Democracia.
E a presença da turba de empresários, como espécies de jagunços-milicianos, apenas reforçou a ideia de emparedamento que ele quis passar ao provocar o STF.
Foi um ato arbitrário, desde a sua concepção até o seu desfecho, com a transmissão ao vivo, por suas redes sociais, de uma reunião que não estava sendo transmitida nas redes oficiais do próprio Supremo.
O ato de cangaço de Bolsonaro foi apenas mais um de intimidação àqueles que podem – e devem – apeá-lo do poder. Outros foram feitos antes, como preparativo para este.
E se nada for feito, outros virão, pondo em risco o estado de direito no Brasil.
E o próprio Brasil…
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