A vereadora do PSOL no Rio de Janeiro, Marielle Franco foi assassinada dentro do próprio carro após sair de uma festa no centro do Rio de Janeiro, informou o 4º Batalhão da Polícia Militar em São Cristóvão.
As primeiras informações apontam para possível execução. De acordo com a PM, ela voltada de um evento quando assassinos emparelharam um carro ao lado da vereadora e abriram fogo contra ela e o motorista Anderson Pedro Gomes, fugindo logo em seguida sem levar nada. Os dois morreram na hora.
Em um tweet, a repórter especial do canal ESPN, Gabriela Moreira contou que estava em um bar a 30 metros de onde Marielle foi assassinada. A jornalista contou que apenas algumas pessoas perceberam os disparos. "O que se pôde ver: os tiros saíram de um carro branco, que fugiu em direção a São Carlos.
O PSOL divulgou nota em que expressou pesar e disse estar "do lado de familiares, amigos, assessores e dirigentes partidários do PSOL-RJ".
"A atuação de Marielle como vereadora e ativista dos direitos humanos orgulha toda a militância do PSOL e será honrada na continuidade de sua luta. Exigimos apuração imediata e rigorosa desse crime hediondo. Não nos calaremos!", diz o texto.
O partido realiza homenagem à vereadora às 11h na Câmara dos Deputados. Nas redes sociais, já há mobilização também para um protesto às 17h em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Atuação
Nascida e criada em favela do Complexo da Maré, na zona norte da cidade, Marielle Franco foi eleita aos 37 anos vereadora pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) com mais de 46 mil votos, sendo a quinta mais votada do Rio. Por ter sido mãe muito nova (aos 19 anos), era forte defensora dos direitos das mulheres na Câmara Municipal, além de advogar pela causa racial e direitos humanos.
No último dia 26 de fevereiro, Marielle foi eleita relatora da comissão na Câmara que acompanharia a intervenção federal no Rio de Janeiro. Entre as atribuições estava visitar territórios, colher dados e solicitar informações sobre a atuação dos militares na cidade. Recentemente, ela tinha feito críticas à PM, classificando o 41º BPM de "esquadrão da morte".
Uma viatura estava posicionada a pouquíssimos metros de onde tudo aconteceu", revelou, garantindo ainda que não podia dizer se os policiais presenciaram o assassinato. Ela porém, garante que um oficial entrou no bar minutos depois com um giz para marcar o local do assassinato.
Ninguém foi preso até o momento. O caso vai ser investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DH).
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