Foi grande a movimentação de policiais civis na Câmara Municipal na manhã desta terça-feira (02). A diligência é fruto de investigação da Seccor (Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção) sobre gastos daquele Poder, que é comandado há mais de dez anos pelo vereador Beto das Vilas.
Entre as irregularidades investigadas estão desvios de recursos públicos; fraudes em licitações; pagamento de despesas não realizadas; contratação de servidores fantasmas; contratação e pagamento de serviços odontológicos, sem que o prédio da Câmara disponha de consultório dentário; contratação irregular de veiculação publicitária em blogs e TV; desvio de material de expediente e de combustível, dentre outras.
A informação do conteúdo da investigação está sendo feita por um vereador falastrão, aliado do presidente da Câmara que, inadvertidamente, está espalhando em grupos de WhatsApp alguns nomes de pessoas que foram procuradas na diligência desta manhã.
Da investigação
Consta que nos depoimentos já colhidos no inquérito policial em curso, os depoentes têm confirmado as irregularidades levantadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), abrindo caminho, também, para outras investigações a respeito de apropriação indébita de contribuições previdenciárias e imposto de renda, fatos que, invariavelmente, deverão remeter as investigações também para o âmbito da Polícia Federal e Receita Federal, culminando, em caso de confirmação, em instauração de processos no Ministério Público Federal, na Controladoria Geral da União (CGU), no Tribunal de Contas da União (TCU) e na Justiça Federal.
Juristas que foram ouvidos sobre o assunto são unânimes em afirmar que, caso condenado pelos supostos crimes contra a administração pública e contra a ordem tributária, a Justiça não terá alternativa, se não a de impor penas de detenção que variam de dois a 20 anos de reclusão.
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