Em finais de outubro, os chefes dos organismos espaciais do BRICS se reuniram em Zhuhai, na China, para assinar um acordo de cooperação na área do sensoriamento remoto da Terra. O Brasil, a Rússia, a Índia e a China já têm aparelhos que monitoram a Terra a partir do espaço.
A Sputnik Brasil falou com Aleksandr Kirilin, diretor-geral do gabinete de projetos espaciais Progress, para saber qual é o know-how russo nessa área.
Neste ano, a Rússia colocou em órbita o terceiro satélite do grupo de aparelhos espaciais de sensoriamento remoto da Terra Resurs-P. Está planejado o lançamento de mais dois aparelhos em 2018 e 2019 para completar o grupo de cinco satélites.
Segundo Kirilin, é a primeira vez que um grupo desses satélites é colocado em órbita pela Rússia. Os três satélites monitorizam agora a superfície da Terra situada entre as latitudes de 80° Sul e Norte. Os dados obtidos pelos aparelhos são enviados para Terra através de uma frequência de rádio de alta velocidade.
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A Rússia é o primeiro país a obter vantagem deste sistema, claro. Os dados obtidos pelos satélites deste grupo já ajudaram a liquidar incêndios e inundações na Sibéria e no Extremo Oriente do país. A Carta Internacional do Espaço e Grandes Catástrofes também usa estes dados.
O uso é amplo e vai desde o cadastro de recursos naturais e correção permanente de mapas topográficos e temáticos à prospecção de hidrocarbonetos e minérios e controle sobre a situação econômica e ecológica – além da já mencionada proteção dos desastres naturais.
No momento, a corporação espacial estatal Roscosmos (antiga agência espacial russa) está estudando os mecanismos de promoção do sistema entre clientes comerciais.
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