Por Marco Aurélio D'Eça.
Filiado ao PCdoB,presidente do STTREMA assinou atas de reuniões em que foi discutido o corte de 20% dos trabalhadores no sistema de transporte de São Luís
No dia 28 de maio, o blog Marco Aurélio D’Eça trouxe o post “Extinção de cobradores em ônibus foi tratada entre patrões e empregados…”
Postado no epicentro do debate sobre a demissão de cobradores no sistema de transporte de São Luís, o texto trouxe nova luz sobre o assunto, uma vez que revelou a anuência da própria categoria.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário do Maranão (STTREMA), Isaias Castelo Branco, filiado ao PCdoB, tentou desmentir a revelação do acordo, negando que tenha aceitado a demissão dos colegas trabalhadores.
– Jamais concordaria com a retirada dos cobradores dos ônibus de São Luís. Represento e luto diariamente pelos direitos dos rodoviários – afirmou Isaias, que desafiou a quem o acusava a mostrar documentos contra ele. (Veja print abaixo)
Seis dias depois, documentos que vieram a público nesta segunda-feira, 3 – e que começaram a circular nos bastidores ainda no fim de semana – confirmam a revelação deste blog e mostram que o STTREMA concordou com a demissão dos cobradores.
De acordo com as atas, foram duas reuniões entre patrões e empregados, nos meses de janeiro e março.
No primeiro encontro, o Sindicato das Empresas de Transportes (SET) propôs cortar 60% dos empregos no setor, o que foi rechaçado pelo STTREMA.
Em outra reunião, em março, porém, a proposta de corte foi de 20% num primeiro momento, o que foi aceito pelo sindicato dos cobradores, “como forma de evitar demissão em massa”. (Veja cópia da Ata abaixo)
Na verdade, essa pauta da extinção da função de cobrador – e assim como este blog afirmou no post de 28 de maio – já vem sendo discutida pelos dois sindicatos desde 2018, inclusive com a interveniência do Ministério Público e da Justiça do Trabalho. (Veja aqui)
As Atas mostram, portanto – e mais uma vez – a capacidade do blog Marco Aurélio D’Eça de antecipar fatos em tendências, sempre confirmadas posteriormente, quer neguem ou não seus protagonistas.
E desmoralizam também o líder sindical comunista diante de sua categoria…
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