Irmã de dois milicianos presos pelas autoridades do Rio de Janeiro, Valdenice de Oliveira Meliga tinha uma procuração do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, para pagar despesas de campanha, segundo informações publicadas pela revista IstoÉ.
De acordo com reportagem publicada nesta sexta-feira, Valdenice é irmã de Alan e Alex Rodrigues Oliveira, detidos em uma operação intitulada Quarto Elemento, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).
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A IstoÉ obteve dois cheques – um de R$ 3,5 mil e outro no valor de R$ 5 mil – assinados por Valdenice, que possuía uma procuração de Flávio Bolsonaro para participar do "laranjal" do PSL, partido do senador e do presidente da República, no estado do Rio de Janeiro – já há denúncias de esquemas em Minas Gerais e Pernambuco.
A reportagem aponta que Valdenice seria o elo da conexão de Flávio Bolsonaro com as milícias fluminenses, suspeita que já paira por homenagens prestadas pelo hoje senador quando era deputado estadual do Rio a policiais e ex-policiais, hoje investigados ou presos por serem identificados como milicianos.
A revista expôs que o cheque de R$ 5 mil assinado por ela foi direcionado à empresa Alê Soluções e Eventos Ltda., que pertence a Alessandra Cristina Ferreira de Oliveira. Esta, por sua vez, era funcionária do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), com um salário de R$ 5,1 mil, e durante a campanha foi tesoureira do PSL.
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Outro nome que aparece ligado ao senador é o do advogado Gustavo Botto, que administrava as contas dele e que atuou ao lado de Alessandra durante as eleições de 2018. Candidatas ouvidas pela IstoÉ informaram que só tiveram gastos com as empresas de Alessandra e Botto durante a campanha.
Procurado pela revista, Flávio Bolsonaro não se pronunciou. O caso é apenas mais um que envolve o nome do parlamentar, que também é investigado pela Justiça do Rio no caso envolvendo o assessor Fabrício Queiroz, e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suas movimentações de compra e venda de imóveis no Rio.
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