Duas ambulâncias, com 5 venezuelanos feridos em cada veículo, estão a caminho da cidade Boa Vista, capital de Roraima, na tarde desta sexta-feira (22).
Os dois veículos seguiram primeiro para o Hospital Délio Tupinambá, o único de Pacaraima, mas depois saíram com destino ao Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista, a 215 km da fronteira.
© FOTO : VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL
Segundo o jornal Washington Post, na manhã desta sexta-feira, um comboio militar se aproximou de um ponto de controle próximo a uma comunidade indígena na vila de Kumarakapai, perto de uma das vias que ligam os dois países.
Quando um grupo de pessoas tentou bloquear a passagem do comboio, os soldados abriram fogo, ferindo ao menos 22 pessoas e deixando 2 mortos. O governo de Nicolás Maduro não confirma que houve o conflito. As informações, até o momento, foram dadas pela imprensa internacional e por políticos de oposição.
A fronteira entre Venezuela e Brasil está fechada desde a noite de quinta-feira (21). No entanto, a Guarda Nacional permitiu a passagem das duas ambulâncias com os feridos para que eles fossem atendidos no Brasil.
De acordo com a Reuters, alguns indígenas haviam expressado apoio aos planos da oposição venezuelano de permitir a entrada de ajuda humanitária na Venezuela. Maduro justifica que a entrada de ajuda humanitária seria uma espécie de disfarce para facilitar uma intervenção dos Estados Unidos e ordenou aos militares que impeçam a entrada dos mantimentos.
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