Resultado final do Sistema Municipal de Avaliação Educacional de São Luís aponta crescimento na média de proficiência que calculou o nível de desempenho dos alunos em língua portuguesa e matemática de 1º ao 9º anos.
Gestão do prefeito Edivaldo registra resultado acima da meta na avaliação do Ensino Fundamental da rede municipal.
Todas as séries de 1º ao 9º anos do Ensino Fundamental que foram avaliadas pelo Sistema Municipal de Avaliação Educacional de São Luís (Simae) obtiveram resultados positivos e acima da meta projetada pelo estudo, em uma comparação entre os anos de 2017 e 2018. O resultado final da avaliação, apresentado oficialmente no sábado (27), no II Seminário de Avaliação Educacional das Escolas da Rede Pública Municipal de São Luís, aponta um crescimento significativo na média de proficiência, que calculou o nível de desempenho dos alunos em língua portuguesa (leitura e escrita) e matemática. A Educação Infantil também foi avaliada, para verificação da qualidade da oferta do serviço na rede. O Simae integra um dos pilares do Programa Educar Mais, ação instituída na gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior, visando à melhoria dos indicadores educacionais e à qualidade do ensino na capital maranhense.
A aplicação do Sistema Municipal de Avaliação Educacional de São Luís conta com a consultoria e supervisão da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), por meio do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed). Para o prefeito Edivaldo, os números mostram que a educação municipal está no caminho certo e que o Sistema Municipal de Avaliação Educacional de São Luís (Simae) tem contribuído para melhor nortear as ações na área da educação e a implementação das políticas educacionais voltadas ao ensino como um todo.
"Temos avançado significativamente na qualidade do ensino como um todo. Os resultados positivos demonstrados pela avaliação são, sem dúvida, resultado de todo um investimento feito na rede, para ofertamos às nossas crianças o ensino de qualidade que sempre buscamos oferecer, com melhor estrutura, ferramentas pedagógicas importantes, espaços mais adequados e profissionais capacitados. Com isso, demos um salto significativo no nível de aprendizagem de nossos alunos, o que é reflexo dos grandes esforços que temos empreendido para elevar a patamares cada vez maiores os indicadores da nossa educação", afirmou o prefeito. A gestão do prefeito Edivaldo contabiliza também como melhoria da infraestrutura das escolas a requalificação de mais de 160 unidades de ensino e a climatização de mais de mil salas de aula.
Para o secretário municipal de Educação, Moacir Feitosa, os resultados observados com a avaliação são extremamente relevantes e dá indícios reais do progresso no nível de aprendizagem dos alunos da rede municipal. "Estamos em um momento muito importante na rede municipal de ensino de São Luis. Esta é a segunda avaliação, fizemos a primeira em 2017, a Diagnóstica, agora temos a Somativa. Com esta avaliação de 2018 temos parâmetro de comparação no que diz respeito ao processo de desempenho, de perceber a evolução da criança no seu processo de aprendizagem. A partir daí, já começamos a elaborar a nossa programação de formação docente voltada para suprir aquelas habilidades que a criança ainda não compreendeu adequadamente", destaca o secretário.
"Este é um resultado muito positivo, porque a Semed está formando outra geração de estudantes, que foram retiradas da situação abaixo do básico e básico, para a proficiência em leitura e escrita. Isso fez com que mais de 60% das crianças de 6, 7 e 8 anos estejam completamente alfabetizadas, lendo e escrevendo muito bem. E daqui pra frente é manter essa avaliação todo ano para intervir pedagogicamente no processo de aprendizagem de todas as crianças", completou Moacir Feitosa.
EVOLUÇÃO
A avaliação foi feita com as séries de 1º, 2º, 3º, 5º, 7º e 9º anos do Ensino Fundamental da rede municipal. Na comparação da proficiência, que é o total conhecimento, a média em língua portuguesa (leitura e escrita), em uma escala de zero a mil (escala própria de alfabetização formulada pelo próprio Caed), o 1º ano do Ensino Fundamental da rede municipal de ensino passou de 471.3, em 2017, para 511.2, em 2018. A meta de aprendizagem estipulada pela pesquisa era 482 pontos, o que significa que o resultado superou o indicador previsto para esse ano. Em matemática também não foi diferente: a média da rede foi 421.8, em 2017, para 447.7, em 2018, sendo que meta era 432 pontos de média.
A mesma evolução positiva foi verificada nas series de 2º ano do Ensino Fundamental da rede municipal, tanto em língua portuguesa como em matemática. Na comparação feita pelo estudo, a proficiência média em língua portuguesa dessa série cresceu de 524.4, em 2017, para 582.8, em 2018, ultrapassando também a meta projetada que era de 537. Houve superação dos indicadores também em matemática, que saiu de 470.2 para 493.3, no comparativo entre 2017 e ano passado.
Já o 3º ano da rede conseguiu resultados ainda mais expressivos, pois conseguiu ultrapassar até mesmo a meta projetada para 2020, na avaliação de língua portuguesa. A série avançou de 572.5 para 623.4, entre 2017 e 2018. A meta era 481 pontos para 2018 e 617 para 2020, o que demonstra, portanto, que a pontuação adquirida ultrapassa inclusive a meta planejada para o próximo ano. Em matemática, o 2º ano da rede também obteve evolução positiva, passando de 493.6, em 2017, para 522.9 em 2018.
A média de proficiência do 5º ano da rede municipal de ensino foi analisada por outra escala de avaliação: a do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), que é a escala nacional de avaliação. O crescimento no nível de conhecimento dos alunos dessa série também teve resultados considerados salutares. Em português, a média de proficiência da série passou de 168 pontos para 186, ultrapassando também a meta que era de 173.
O 7º e o 9º anos da rede registram a mesma escala de avanços no nível de proficiência. Em língua portuguesa, por exemplo, o 7ª ano foi de 195, em 2017, para 206.1, em 2018. Já o 9º ano, analisando o mesmo conteúdo curricular, avançou de 224.7 para 235.5 pontos, no período avaliado.
PÚBLICO
Participaram do processo de avaliação 72.684 alunos, de 161 escolas da rede, aproximadamente 80% das escolas municipais. Os testes foram aplicados pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed), da Universidade Federal de Juiz de Fora. Todas as séries com aplicadores externos que atendem aos critérios exigidos pelo sistema.
A avaliação abordou dois componentes curriculares: língua portuguesa e matemática. A análise diagnóstica possibilitou conhecer o desempenho dos alunos em habilidades do tipo: localizar uma informação explicita em um texto curto, fazer uma inferência no texto apresentado, ler informações de uma determinada tabela, resolver problemas, estabelecer diferença entre uma figura geométrica plana e uma figura espacial, interpretar gráficos de coluna, entre outros quesitos.
EDUCAÇÃO INFANTIL
Além do Ensino Fundamental, a Educação Infantil do município também passou por avaliação. Segundo a coordenadora municipal do Simae, Vera Lúcia Gonçalves, a análise da Educação Infantil segue parâmetros diferentes, porque o estudo busca apresentar um relatório diagnóstico acerca da qualidade da oferta do serviço na rede e não indicadores referentes ao desempenho educacional dos alunos. A avaliação contou com a participação de 98% dos profissionais da rede de ensino.
Ainda conforme a gestora, a avaliação da Educação Infantil foi feita em três etapas: aplicação de questionário online com gestores escolares, coordenadores pedagógicos e professores. A sondagem nessa fase busca saber informações, por exemplo, sobre a relação da gestão escolar com a comunidade, as práticas pedagógicas aplicadas, a infraestrutura das unidades, uso dos recursos pedagógicos, formação dos docentes, a freqüência dos alunos e dos professores, além de informações socioeconômicas, entre outros aspectos.
Na segunda etapa, o estudo fez a observação inloco, por amostragem de escolas e salas, para realizar o cruzamento das informações coletadas na primeira etapa da avaliação. Já a terceira etapa faz um novo cruzamento das informações coletadas na educação infantil municipal com os dados oficiais de organismos como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Censo Escolar, por exemplo.
"A nossa intenção é avaliar se nossa política voltada à Educação Infantil está sendo desenvolvida a contento e refletir sobre uma nova concepção para o ensino infantil no município. Já com os dados socioeconômicos, buscamos saber também como vivem essas crianças, como elas estão inseridas em sua comunidade e quais fatores intra e extra classe estão impactando no seu desempenho escolar", observou a coordenadora do Simae, Vera Lúcia Gonçalves.
MÉTODO
O Sistema Municipal de Avaliação Educacional de São Luís é um método próprio de avaliação de proficiência dos alunos, criado pela Prefeitura de São Luís para conhecer o nível educacional dos estudantes da rede e da realidade escolar. É um programa de avaliação em larga escala, que garante ao gestor escolar e ao professor as ferramentas e dados para diagnósticos da realidade escolar, capazes de auxiliar na elaboração de soluções para os problemas identificados pela avaliação.
Com a avaliação por meio da Simae é possível à educação municipal verificar, por exemplo, quais habilidades os alunos já consolidaram como conhecimento ou em que fase intermediária de desenvolvimento se encontram nessas habilidades. A análise será feita de acordo com a matriz de referência construída pela própria educação municipal para detectar as habilidades básicas essenciais de seus alunos, de forma que eles prossigam estudando e se desenvolvendo bem nas series seguintes.
O diagnóstico permite, ainda, a tomada de decisões relativas, inclusive, quanto à formação dos professores, para que a educação deixe de ofertar formações genéricas aos professores e passe a ofertar formações mais especificas e de acordo com aquilo que o aluno precisa aprender e o educador a ensinar. A avaliação diagnóstica visa ainda saber quais os pontos fortes e os que precisam ser melhorados em cada escola da rede municipal, permitindo que a prática docente se ajuste às necessidades dos estudantes durante o processo de aprendizagem.
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