Uma mulher do século IX, enterrada com muitas armas, tem dado reviravolta nas especulações científicas sobre mulheres vikings, comprovando que eram mais guerreiras do que se pensava, relata NRK.
Segundo mídia, uma nova exposição dedicada à cultura viking no Museu Histórico de Oslo, que será inaugurada no dia 5 de abril, vai mostrar um esqueleto feminino bem preservado, pertencente a uma guerreira. O esqueleto nunca foi exposto e é acompanhado por lanças, espadas e machados encontrados no túmulo.
Trata-se de uma mulher que viveu no século X. Ela tinha entre 19 e 20 anos e um pouco mais de um metro e meio de altura. O túmulo dela foi encontrado em um cemitério viking de Solor (o nome antigo de uma região histórica, o antigo reino da Noruega), no final do século XIX.
De acordo com a arqueóloga Hanne Lovise Aannestad, que está organizando a exposição, o achado revela novos fatos sobre posicionamento das mulheres na era viking, sendo integrantes também da classe militar da sociedade.
"Ela ter sido enterrada com armas foi o que fez essa descoberta se destacar entre as outras", afirmou a arqueóloga. Segundo Aannestad, a interpretação moderna dos papéis históricos de gêneros ainda é dominada por teorias que surgiram ainda na década de 50.
"O momento é propício para interpretar os papéis de gênero de uma nova maneira. Há muitas sagas que descrevem figuras femininas fortes, mas armas não são mencionadas", sublinhou.
Temos uma joia da era viking para a nossa nova exposição que inaugura no dia 5 de abril
Além do mais, a exposição contará com o capacete viking mais bem preservado do mundo. O capacete viking foi encontrado na fazenda Gjermundbu, em Buskerud, e o túmulo também continha espadas, lanças, machados, escudos e equipamento de equitação. O homem lá enterrado supostamente pertencia à elite dos guerreiros equestres.
Durante a era viking, que se estendeu do final dos anos 790 até meados dos anos 1060, os nórdicos escandinavos exploraram grandes extensões da Europa para comércio, invasões e conquistas. As suas façanhas foram desde a Groenlândia e a Terra Nova no Ocidente até o Império Bizantino (Grécia moderna e Turquia) no Oriente.
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