ÁGUA! SÁ E GUARABIRA: " O SERTÃO VAI VIRAR MAR! DÁ NO CORAÇÃO; O MEDO QUE ALGUM DIA O MAR TAMBÉM VIRE SERTÃO.

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ÁGUA! SÁ E GUARABIRA: " O SERTÃO VAI VIRAR MAR! DÁ NO CORAÇÃO; O MEDO QUE ALGUM DIA O MAR TAMBÉM VIRE SERTÃO."


Quando compuseram esta incrível e nostálgica canção, a dupla regionalista: Sá e Guarabira, protestava, e alertava; para o risco desenfreado que o Nordeste corria, com a construção da barragem do SOBRADINHO. Portanto, nada mais justo; do que lembrar este clássico da nossa MPB, no momento, em que o nosso querido Maranhão, atravessa sua maior crise hídrica- por causa da seca, principalmente no leste maranhense - , o que ocasiona, naturalmente, o aumento das queimadas, na região dos cocais, especificamente em: Caxias, Matões, Parnarama e Timon. Em virtude da escassez da água, e, do assoreamento dos seus caudilhosos rios. Além do mais, ainda tem a questão da destruição das nossa matas ciliares, o que acarreta; consequentemente, numa maior falta do nosso precioso liquido potável. A propósito, sobre esta gravíssima situação; da diminuição das fontes hídricas do nosso planeta, e, preocupantemente, no Estado do Maranhão, publicarei a seguir, um texto da ambientalista Mariana Segala, do guia EXAME sustentabilidade.

  Água: a escassez na abundância

Hoje, 40% da população do planeta já sofre as consequências da falta de água. Além do aumento da sede no mundo, a falta de recursos hídricos tem graves implicações econômicas e políticas para as nações


A água é o recurso natural mais abundante do planeta. De maneira quase onipresente, ela está no dia a dia dos 7 bilhões de pessoas que habitam o planeta. Além de matar a sede, a água está nos alimentos, nas roupas, nos carros e na revista que está nas suas mãos — se você está lendo a reportagem em seu tablet, saiba também que muita água foi usada na fabricação do aparelho. Mas o recurso mais fundamental para a sobrevivência dos seres humanos enfrenta uma crise de abastecimento. Estima-se que cerca de 40% da população global viva hoje sob a situação de estresse hídrico. Essas pessoas habitam regiões onde a oferta anual é inferior a 1 700 metros cúbicos de água por habitante, limite mínimo considerado seguro pela Organização das Nações Unidas (ONU). Nesse caso, a falta de água é frequente — e, para piorar, a perspectiva para o futuro é de maior escassez. De acordo com estimativas do Instituto Internacional de Pesquisa de Política Alimentar, com sede em Washington, até 2050 um total de 4,8 bilhões de pessoas estará em situação de estresse hídrico. Além de problemas para o consumo humano, esse cenário, caso se confirme, colocará em xeque safras agrícolas e a produção industrial, uma vez que a água e o crescimento econômico caminham juntos. A seca que atingiu os Estados Unidos no último verão — a mais severa e mais longa dos últimos 25 anos — é uma espécie de prévia disso. A falta de chuvas engoliu 0,2 ponto do crescimento da economia americana no segundo trimestre deste ano. 

A diminuição da água no mundo é constante e, muitas vezes, silenciosa. Seus ruídos tendem a ser percebidos apenas quando é tarde para agir. Das dez bacias hidrográficas mais densa- mente povoadas do mundo, grupo que compreende os arredores de rios como o indiano Ganges e o chinês Yang-tsé, cinco já são exploradas acima dos níveis considerados sustentáveis. Se nada mudar nas próximas décadas, cerca de 45% de toda a riqueza global será produzida em regiões sujeitas ao estresse hídrico. "Esse cenário terá impacto nas decisões de investimento e nos custos operacionais das empresas, afetando a competitividade das regiões", afirma um estudo da Veolia, empresa francesa de soluções ambientais. 

Então, depois de toda esta reflexão, sobre a maior riqueza natural do País. Só nos resta, homenagear Sá e Guarabira, com um pequeno trecho da sua emblemática canção: SOBRADINHO!

 O homem chega, já desfaz a natureza
Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá pra cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que dizia que o Sertão ia alagar

O sertão vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão

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