É que o pedetista lidera com 27% a lista daqueles que são escolhidos como segunda opção, caso o primeiro candidato do eleitor deixe de estar na corrida para o Palácio do Planalto.
Para se ter uma ideia, depois de Ciro, João Doria é o melhor colocado neste retrato de “segundo escolha” da pesquisa Ipespe. Mas, com 20 pontos a menos, marcando 7%. Em seguida, vem Lula, com 4%, e Bolsonaro com 2%.
Pode não parecer importante, mas esse questionamento aos entrevistados da nova rodada da Ipespe serve para avaliar o potencial de crescimento dos candidatos no primeiro turno.
Também leva a entender o quanto os candidatos da disputa estão perto dos respectivos tetos.
Bolsonaro, por exemplo, está pertíssimo do seu, como informado aqui. Já Ciro, não, mas dependeria da retirada de Lula do pleito, o que não vai ocorrer em 2022, diferentemente de 2018.
De qualquer forma, a coluna questionou o cientista político Antônio Lavareda, responsável pelo Ipespe, sobre a importância deste dado. “Tem [importância]. Para ele, Ciro, tem muita. Ciro é o ‘reserva’ do Lula. Se Lula não pudesse concorrer ele daria um salto”, respondeu Lavareda.
Ou seja, repetindo de forma mais clara: enquanto Lula ganha no primeiro turno se Ciro desiste, Ciro entraria de vez no páreo se Lula abandonasse o pleito.
Ciro encampa o discurso “nem PT, nem Bolsonaro”, mesmo não sendo da terceira via, e mesmo estando sempre, durante toda sua vida, à esquerda do espectro político brasileiro.
Ciro deveria ao menos, já que quer manter a candidatura, olhar com mais atenção os números das pesquisas, e tentar explorar isso aos eleitores da esquerda brasileira. Prefere, contudo, ter um minuto de holofote debatendo com um humorista sobre quem está certo.
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