Chefes da pré-campanha do vice-governador Carlos Brandão apostavam na indicação do secretário de Educação como companheiro de chapa, mas a cúpula nacional do PT, que decidiu assumir o debate sobre aliança nos estados, veta aliança com o PSD, o que forçou Flávio Dino a apresentar um nome para tentar evitar a aliança dos petistas com o PDT.
É nítido o incômodo dos principais chefes da pré-campanha do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) com o crescimento do secretário de Educação, Felipe Camarão (PT), no debate sobre a sucessão de 2022.
O vice-governador sonhava com a indicação de Camarão como seu vice, o que, na opinião de seus coordenadores, agradaria tanto ao governador Flávio Dino (PSB) quanto ao próprio PT.
Mas erraram.
Nas conversas que tiveram com Flávio Dino, tanto o ex-presidente Lula quanto o ex-ministro José Dirceu descartaram aliança com o PSDB e manifestaram claramente a preferência pelo senador Weverton Rocha (PDT), “mais alinhado com a história de luta do PT”.
Segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, em suas últimas conversas, Lula – que vem ao Maranhão no dia 19 – fez um questionamento direto ao governador: “como garantir uma candidatura viável do PT se Carlos Brandão, que é do PSDB, vai assumir o poder em abril de 2022?”.
Foi desta conversa que surgiu a hipótese de Dino ficar no governo até o final do mandato para assegurar a viabilidade do seu auxiliar petista e garantir palanque para o ex-presidente.
Flávio Dino até já cogitou esta hipótese, mas temeu seus desdobramentos pós-mandato.
De qualquer forma, o nome de Felipe Camarão recomeçou a ganhar força internamente como opção de candidatura; e o próprio Dino passou a acompanhá-lo em visitas ao interior.
O nome do secretário de Educação deve, inclusive, figurar nas próximas pesquisas de intenção de votos.
E é a partir destes dados que as conversas entre Dino e Brandão ganharão novos rumos…
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