Embora não falem disso publicamente, deputados estaduais entendem que a divisão na base do governo entre as candidaturas de Weverton Rocha e Carlos Brandão é bom para suas próprias campanhas
Acostumados a jogar loas diariamente ao governador Flávio Dino (PCdoB) durante as sessões remotas da Assembleia Legislativa, os deputados estaduais torcem, na verdade, pelo racha na base do governo nas eleições de 2022.
Eles não falam disso publicamente, mas querem que tenha, ao menos, duas candidaturas ao governo – a do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) e a do senador Weverton Rocha (PDT).
– Candidatura de consenso vai ser péssimo – afirmaram, cada um à sua maneira, os 10 deputados ouvidos neste fim de semana pelo blog Marco Aurélio D’Eça, embora nenhum tenha aceitado mostrar a cara nas declarações.
E o pensamento envolve não apenas deputados governistas, mas também os de oposição.
Para buscar o consenso em torno de um candidato único escolhido por ele, o governador Flávio Dino terá que convencer não apenas os próprios Brandão e Weverton, mas também a maior parte dos dirigentes partidários já fechados e alinhavados com um ou com outro pré-candidato.
E é exatamente contra este convencimento que torcem os deputados estaduais.
– A Casa não pode ficar a mercê de Flávio Dino, jogando loas e aceitando que ele decida seus destinos; precisamos superar esta etapa da falta de diálogo imposto aos deputados ao longo dos últimos anos – reclamam outro parlamentar.
Cada um dos 42 deputados estaduais observam a movimentação dos dois principais pré-candidatos ao governo – e a do próprio Dino – imaginando como poderão garantir nesta articulação as garantias para renovação do mandato.
E nenhum tem dúvidas de que o racha é a melhor saída…
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