Dizer que Edivaldo só trabalhou no último ano é realmente um discurso retórico para o senso comum tentando minimizar a mudança estrutural na cidade de São Luís. Edivaldo Holanda Júnior consolida em suas duas gestões um grande volume de investimentos em obras estruturantes que nem as gestões do saudoso Jackson Lago conseguiu.
Também é mero discurso dizer que Edivaldo só trabalhou no último ano da gestão. De fato, com a reorganização orçamentária, aliada ao financiamento, o prefeito conseguiu chegar ao último ano entregando um volume bem maior de obras, mas é preciso rememorar como era a cidade até 2012 e o que ocorreu entre 2013 e 2020.
Todos lembram que em 2013, o Brasil estava no ápice da crise econômica, que inclusive gerou os protestos e o ambiente institucional para o impeachment da presidente Dilma ocorrido em 2016. Mesmo com as dívidas de quase R$ 2 bilhões, incluindo uma folha salarial atrasada, obras foram executadas desde o começo da gestão.
São Luís passou por grandes transformações urbanas. De 2013 a 2020, a prefeitura contabiliza a construção de mais de 100 km de rede de drenagem profunda para escoamento de águas pluviais, asfaltamento de centenas de bairros e mais de 3.500 mil ruas. Muitos locais nunca tinham visto um palmo de asfalto.
A região do Centro Histórico de São Luís é simplesmente outra. Deve se ter em conta de que temos um centro antes e depois de Edivaldo. Deodoro, Rua Grande, Reviver, restauração de praticamente todos os espaços públicos. Todas estas obras feitas antes do último ano de governo. Algumas em parceria com IPHAN e algumas com o governo do estado, mas é fundamental ter capacidade de celebrar parcerias, o que outras gestões não tiveram.
Obras de drenagens são caras e precisam de tempo para estruturação. Seria impossível fazer essas obras somente no último ano de governo. Locais onde tradicionalmente alagavam de forma desastrosa em períodos chuvosos mais intensos foram resolvidos com canais. Por questão de justiça, algumas dessas obras até começaram na gestão João Castelo e tiveram continuidade e conclusão na gestão Edivaldo. Para se ter uma ideia de como são complexas e demoradas.
Destaco especialmente a área ambiental. Esta é a área onde são Luís tinha atrasos medievais e simplesmente houve uma mudança de patamar gigantesca. A gestão Edivaldo desativou o aterro da Ribeira, que operou por mais de 20 anos como lixão a céu aberto; implantou o fundamental sistema de ecopontos; implantou coleta seletiva; está prestes a entregar usinas de reciclagem, de compostagem, de transformação do resíduo da construção civil e um centro ambiental.
Se o transporte público é uma área com problemas inegáveis, também não se pode negar a evolução. Com o sistema licitado, hoje a frota passa de 85% de renovada e quase metade é climatizada. Quando a pandemia passar, a climatização voltará. As principais intervenções no trânsito que minimizaram os problemas foram feitas nos primeiros quatro anos de Edivaldo. Claro, que nenhuma obra de trânsito vai conseguir acompanhar o número de carros emplacados diariamente e o grande volume. Por isso, é preciso que os próximos anos sejam de muito investimento em atração para outros modais de transporte e modificar as pessoas a deixar o carro em casa.
Já a construção de praças, que é tão criticada, certamente será lembrada daqui a muitos anos. Edivaldo já construiu e reformou mais de 100 praças. O resultado é uma cidade mais atrativo, melhora na segurança pública com os espaços ocupados e as pessoas tendo local de convivência. É um investimento com impacto positivo duradouro. Basta ter manutenção.
Também poderia ser citado a mudança com as feiras e mercados, escolas com ar condicionado, etc.
São só alguns exemplos de que a cidade passou por transformações impactantes e que não podem ser negadas. Dizer que a cidade só tem obras no último ano, é somente proselitismo político.
A gestão de Edivaldo pode ter críticas em áreas pontuais e este espaço sempre as faz. A saúde teve pouco avanço, embora, no Brasil inteiro tem sido um problema o financiamento, desde o fim da CPMF. A próxima gestão vai ter um alívio bem maior na área com a construção do Hospital da Ilha pelo governo do estado, que vai desafogar os Socorrões. Outro ponto que apesar dos avanços merece crítica é a área educacional. Foram reformadas e climatizadas muitas escolas, mas a gestão Edivaldo não construiu novas unidades e ainda temos um problema crônico de falta de vagas, sendo preenchidas com os famigerados “anexos”. As escolas comunitárias suprem grande parte da demanda e têm muita dificuldade de se manter. Este é um ponto que tem que ser muito atacado pela próxima gestão.
Agora, diante de todo o cenário, é preciso reconhecer que a gestão foi muito exitosa e merecidamente o prefeito entra nos últimos dias do mandato ainda entregando obras e com aprovação de mais de 70% da população. É um legado que somente a narrativa de oposição tenta minimizar.
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