FEMINICÍDIO É COMBATIDO! CEMULHER: Avanços no trabalho da Coordenadoria são apresentados ao presidente do TJMA

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A desembargadora Angela Salazar expôs o desenvolvimento e reestruturação do trabalho (Foto: Ribamar Pinheiro)

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos, recebeu em seu gabinete, na manhã dessa terça-feira (17), a presidente da Coordenadoria Estadual da Mulher (CEMULHER), desembargadora Angela Maria Moraes Salazar, acompanhada da coordenadora administrativa, Danyelle Bitencourt Athayde Ribeiro.
Elas apresentaram ao presidente as mudanças e incentivo de participação da sociedade e de debates relacionados à temática do combate à violência contra a mulher e ao feminicídio, trabalhados nos diversos projetos e ações da Coordenadoria. A desembargadora Angela Salazar expôs o desenvolvimento e reestruturação do trabalho.
De imediato, a desembargadora falou da mudança da própria identidade visual da CEMULHER, que atualmente tem uma ampla representação. “A logomarca representava apenas uma raça, então pensamos em uma nova, pois a coordenação tem que direcionar a marca para as quatro raças, daí veio a ideia de colocar os quatro rostos para essa representação”.
Já a coordenadora administrativa, Danyelle Bitencourt, enfatizou a importância da criação do hotsite para o projeto e disponibilidade dos dados processuais que são coletados anualmente e estão na página principal do site do tribunal para a sociedade. “No espaço, disponibilizamos todas nossas atividades, registros fotográficos e um banco de jurisprudência específicos de violência doméstica, para que a comunidade toda fique acompanhe”.
Além de assessorar a presidência sobre assuntos relacionados à violência doméstica e promover capacitação para magistrado e servidores, a CEMULHER também desenvolve alguns projetos de cunho informativo e preventivo: Aprendendo com Maria da Penha no cotidiano, Cine Mulher, Lei Maria da Penha: Caminhos para a (re) construção da Cidadania e Paz Familiar, Violência de Gênero em Debate (Radio Web Justiça do Maranhão).
Aprendendo com Maria da Penha no Cotidiano: o projeto mais antigo da coordenadoria, tem por finalidade difundir ações de prevenção e combate a violência doméstica e familiar contra a mulher no Estado do Maranhão. O delineamento tem foco especial os agressores em potencial. Essa proposta surgiu através de pesquisas junto a vara de Imperatriz e São Luís, constatando-se que os maiores agressores são os operários da construção civil, vigilantes e motoristas. O projeto é levado aos canteiros de obras e lá dialoga-se com os agressores em potencial, tendo uma interação com a equipe multidisciplinar e o público-alvo.
Cine Mulher: o projeto que busca fomentar a comunidade por meio da comunicação visual do cinema, instigando debates sobre a temática das relações de gênero e da violência doméstica e familiar contra a mulher.
Caminhos para a (re)construção da Cidadania e Paz Familiar: trabalho com a sociedade em geral, com foco o preventivo, pensando nos vários tipos de famílias, conscientizando a sociedade para o exercício da cidadania e a pacificação das relações familiares.
Violência de Gênero em Debate (Radio Web Justiça do Maranhão): programas quinzenais que alcançam a comunidade em geral. A parceria com a rádio, contribui para a efetivação do direito social à comunicação de interesse público, por meio da difusão de conhecimentos e boas práticas, com vistas à proteção das mulheres.
Angela Salazar falou da elaboração da cartilha e do seu reconhecimento. “Elaboramos uma cartilha sobre a Lei Maria da Penha, que foi inclusive replicada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), recomendada como boa prática”.
A desembargadora frisou, ainda, o crescimento do trabalho desenvolvido. “Antigamente, nós que oferecíamos o trabalho, hoje somos solicitados e fazemos em média 20 a 25 palestras por mês. Não ficamos limitados, trabalhamos em hospitais para trabalhar com os servidores, escolas, aeronáutica, universidades etc”.
O presidente do Tribunal, desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos, falou da importância da participação da sociedade no campo do judiciário e que a população não tenho medo de envolver-se. “É necessário que a população participe dos fóruns nos interiores e nas capitais”.
Na pauta do encontro, também estava a Semana Estadual de Valorização da Mulher, que ainda será realizada em 2018 e visa a valorização da mulher, exposição de projetos, caminhadas e a capacitação de servidores sobre a Lei Maria da Penha.

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