'MARANHÃO MEU TESOURO MEU TORRÃO!' PRELÚDIO DA ELEIÇÃO: André Fufuca mostra mais uma vez seu pragmatismo político

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O deputado federal André Fufuca (PP), possui apenas 32 anos, mas já se movimenta na política como uma “Raposa Velha”, habilidoso, sagaz e objetivo, o parlamentar segue em uma ascendência política, que naturalmente o levará a cargos mais altos nos próximos anos. Ao anunciar o seu apoio a Carlos Brandão, o progressista deixa para trás seu aliado, quase um irmão, o senador Weverton Rocha (PDT), mas tudo isso é natural. Está intrínseco esse processo a própria trajetória do político.

André Fufuca surge na política em 2010, quando o seu pai Fufuca Dantas, está impedido de disputar a eleição de deputado estadual por conta de condenações na Justiça. Eleito pelo PSDB, que até então apoiava Jackson Lago, Fufuquinha assim como seu pai, eram aliados de primeira hora da governadora Roseana Sarney.

Em 2014, filiado ao PEN e ainda aliado de Roseana Sarney, se elegeu deputado federal. E aí está a grande virada na vida de Fufuquinha. Sabedor que era do baixo clero e que não tinha um guarda-chuva na Câmara Federal, assim que chegou à Câmara procurou o apadrinhamento do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (aquele que foi preso), com quem manteve uma relação bastante próxima. Na época ficou conhecido como “Papi”, pois alguns colegas parlamentares diziam que assim que ele tratava o então presidente da Câmara.

Porém, o apelido nunca foi bem aceito por Fufuquinha, que chegou a reclamar ao ser chamado de Papi pelo deputado federal Júlio Delgado (PSB), em 2017: “Não queira macular minha imagem pela minha juventude. Vossa Excelência é o exemplo de que até os canalhas envelhecem. Nesta Casa ninguém me viu usar de ato de bajulice, até porque venho de um estado em que usar esse termo “papi” é até afeminado”.

Em meio a esse tempo, Fufuca também esqueceu o que falava de Flávio Dino, a quem tecia duras críticas e passou a ser aliado do governador do Maranhão. Indicou seu irmão, Rafael Carvalho Ribeiro, para o cargo de secretário do Meio Ambiente, permanecendo até 2020, quando ele ambicionou indica-lo como vice-prefeito de Rubens Pereira Júnior à Prefeitura de São Luís, após abandonar o projeto de Neto Evangelista do aliado Weverton Rocha.

Em meio a esse tempo, André Fufuca esteve irmanado com Roberto Rocha, onde desenvolveram alianças políticas em diversos municípios, dentre eles em Imperatriz. E por fim, esteve ao lado de Weverton Rocha, onde passou a ganhar um novo apelido: “Menudo”.

No grupo de Weverton, Fufuquinha assim como Juscelino Filho, Pedro Lucas Fernandes e Neto Evangelista eram considerados os futuros donos do Maranhão. O grupo começou a ruir com o fracasso do projeto eleitoral de Evangelista na disputa pela Prefeitura de São Luís.

Agora, Weverton fragilizado nas pesquisas e sem ter o que oferecer para Fufuquinha montar a nominata do seu partido, ele desembarca do grupo do pedetista, e se torna aliado de primeira hora de Carlos Brandão, assim como já foi de Roseana, Roberto e recentemente do senador pedetista.

Fufuca afirma em rodas políticas, mostrando sua segurança política e até certa soberba, que seu problema não é dinheiro para campanha e muito menos a necessidade de espaço no governo – ele vai indicar o novo diretor do Detran – mas sim, a busca de nomes para compor seu partido e garantir a sua reeleição a deputado federal.

Acostumado a fazer a política antiga, onde boa parte dos partidos políticos no Maranhão tinham donos e apenas vassalos, Fufuca nunca montou um partido de verdade, resultado disso foi o fracasso na disputa eleitoral em São Luís, onde os Progressistas não elegeram um vereador, afinal não houve um trabalho de montagem da chapa.

Agora para federal, ele vive o mesmo drama, chega a oferecer promessas incalculáveis visando atrair nomes para concorrer ao cargo de deputado federal, obviamente para servirem de bucha para sua candidatura.

Em 2018, Fufuca obteve 105 mil votos. Se mantiver esse patamar, sozinho, ele possui chances de se eleger através da sobra, mas também o corre o risco de ficar fora e para não perder o mandato que lhe garante o status de político influente em Brasília, ele abandona Weverton e vai ao Palácio dos Leões, onde vão lhe oferecer as condições para repetir mais um mandato.

Caso obtenha sucesso, André Fufuca que atualmente é presidente interino nacional dos Progressistas, ele vai pavimentar um voo mais alto para 2026. E isso vai independente do presidente que vencer a eleição, afinal quem não lembra que Ciro Nogueira, presidente dos Progressistas, já foi braço direito de Lula e hoje é chefe da Casa Civil de Bolsonaro.

Fufuca habilidosamente, dança conforme a música, mostrando que na política você vai longe ao buscar praticidade e convencionalidade, e isto nada mais é que pragmatismo político. E muitos vão confirmar: “errado, ele não está”.

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