O
presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), deputado
Othelino Neto (PCdoB), criticou as duas empresas que operam o serviço de
travessia entre os terminais de passageiros da Ponta da Espera e do
Cujupe, bem como o tratamento dispensado aos usuários do transporte por
ferryboat. O assunto foi pauta na sessão plenária desta quarta-feira
(5), após pronunciamento da deputada Dra. Thaiza Hortegal (PP), que
repercutiu na tribuna a colisão entre dois ferryboats, na manhã de
terça-feira (4), na Baía de São Marcos.
O presidente da Alema relatou que, como usuário do serviço, já vivenciou a forma desrespeitosa com que as duas empresas tratam os consumidores. “Já cheguei a viver uma situação em que, uma vez embarcando com minha esposa e meus dois filhos, eles conseguiram embarcar minhas crianças e me deixar de fora do ferry, só para se ter ideia do nível de desrespeito com os usuários”, disse.
Othelino assinalou também que é necessária uma mobilização ainda mais forte, para que sejam tomadas providências objetivas e evitar que venham ocorrer tragédias durante o percurso da travessia. “O serviço do lado daqui, na Ponta da Espera, e no Cujupe, os pontos foram reformados, atendendo muito melhor a população. Mas a travessia, que requer maior segurança aos passageiros, é realmente algo desalentador”, afirmou.
J.R Lisboa
Deputada Thaiza Hortegal repercutiu na tribuna a colisão entre os ferryboats e também criticou o serviço.
No seu pronunciamento, a deputada Dra. Thaiza Hortegal pontuou que, como usuária desse transporte semanalmente, já vinha alertando sobre a situação. Ela pediu o apoio dos demais parlamentares para cobrar a melhoria do serviço e buscar, junto ao governador Flávio Dino, a agilidade do processo licitatório ou de concessão do serviço de travessia.
“Nós, que somos usuários desse transporte, não suportamos mais colocar as nossas vidas em risco, não aguentamos mais pagar por um preço que é o mais caro do Brasil e, ainda assim, o que tem a pior qualidade de serviço”, enfatizou.
A deputada informou, ainda, que colheu as assinaturas de 37 deputados pedindo uma resposta sobre qual seria o prazo da licitação do serviço e o da medida a ser tomada. “Obtive a resposta de que, ontem, a Capitania dos Portos já iniciou a investigação, já está à frente, mas, assim, o que eles podem olhar na investigação é o que nós, usuários, olhamos todos os dias: o descaso. Até quando isso vai acontecer? Quando se vai solucionar esse problema?”, questionou.
Os deputados Dr. Yglésio (sem partido) e Wellington do Curso (PSDB) também repercutiram o assunto. Wellington sugeriu que seja feita uma visita de inspeção, na próxima segunda-feira (10), para que a situação seja averiguada de perto. “Estamos convidando, além de todos os deputados estaduais, também os órgãos ANTAq, Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, a MOB, para que todos, juntos, possamos fazer essa visita in loco e essa fiscalização no serviço que é prestado pelas empresas de travessia”, disse.
Já Yglésio lembrou que a qualidade da prestação do serviço de ferryboat já foi tema de discussão pela Comissão de Assuntos Municipais da Alema e que o acidente ocorrido, na última terça-feira, era uma tragédia anunciada.
“O que a Serviporto e a Internacional Marítima têm feito aqui no Maranhão é uma imoralidade, e nós não vamos nos calar. Assim como outros deputados, nós já solicitamos e enviamos requerimentos para todo tipo de autoridade possível responsável. A gente espera da MOB responsabilidade na fiscalização e que corra com esse processo licitatório para dar o mínimo de qualidade a um serviço tão essencial”, frisou o parlamentar.
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