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A descoberta ocorreu durante um projeto conjunto de cientistas do Centro Nacional de Oceanografia do Reino Unido (NOC, na sigla em inglês), da Universidade do Havaí e da Universidade de Genebra, conforme o portal Science Alert.
Em um novo estudo publicado na European Journal of Protistology, os pesquisadores relatam a identificação de uma série de criaturas marinhas desconhecidas pela ciência, vivendo a profundidades superiores a cinco quilômetros abaixo da superfície do oceano.
Os espécimes foram coletados com o veículo operado remotamente Lu'ukai da Universidade do Havaí em uma expedição na zona ocidental de Clarion Clipperton (CCZ, na sigla em inglês), uma grande faixa do oceano Pacífico de até 4.800 metros de profundidade, destinada à mineração em águas profundas.
Entre as descobertas estão os novos gêneros Abyssalia foliformis e Abyssalia sphaerica, designados em função de seu habitat, as profundezas abissais do oceano. A quarta nova espécie é a Psammina tenuis, que possui uma cabeça delicada, fina e em forma de placa.
O outro novo gênero identificado, Moanammina, tomou o seu nome de Moana, que significa "oceano" em havaiano, maori e outras línguas polinésias.
"Os xenophyophores são um dos tipos mais comuns de grandes organismos encontrados nas planícies abissais da CCZ [...] As quatro novas espécies e dois gêneros elevam o número de xenophyophores para 17 [22% do total global deste grupo]", afirmou Andrew Gooday, professor do NOC e autor principal do estudo.
A CCZ cobre 4,5 milhões de quilômetros quadrados do Pacífico Central e é considerada um tesouro do setor da mineração, já que possui metais valiosos e minerais de terras raras em abundância, depositados em nódulos polimetálicos nas profundezas do mar.
Falando sobre as novas criaturas descobertas, Craig Smith, coautor da publicação, diz que a abundância e diversidade destes organismos é realmente surpreendente.
"Vemo-los em todo o lado no fundo do mar em muitas formas e tamanhos diferentes. Eles são claramente membros muito importantes das ricas comunidades biológicas que vivem na CCZ", comenta o oceanógrafo.
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