Sobe para seis o número de mortos em ataque na Catedral de Campinas

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Idoso baleado por atirador morreu nesta quarta, elevando para cinco o número de vítimas fatais.

Investigadores encontraram diário de atirador, que pode auxiliar na investigação.


Tiroteio Campinas

Fiéis assistam à missa em homenagem às vítimas do ataque dentro da Catedral Municipal de Campinas.  EFE
Morreu, na tarde desta quarta-feira, o idoso de 84 anos que estava internado em estado grave após ter sido baleado no tórax e no abdômen no ataque ocorrido dentro da CatedralMetropolitana de Campinas na tarde de terça-feira. Segundo a prefeitura, Heleno Severo Alves faleceu no Hospital Dr. Mário Gatti, onde havia passado por uma cirurgia.
Com Alves, o número de vítimas mortas no tiroteio subiu para cinco. Além do idoso e do atirador Euler Fernando Grandolpho, que foi alvejado pela polícia e tirou sua própria vida após o crime, quatro fiéis morreram dentro da Igreja: Sidnei Vitor Monteiro, de 39 anos, José Eudes Gonzaga, de 68 anos, Cristofer Gonçalves dos Santos, de 38 anos, e Elpidio Alves Coutinho, de 67 anos. Jandira Prado Monteiro, de 65 anos, que estava internada, teve alta nesta quarta-feira e pôde ir ao velório do filho Sidnei. Ela acompanhou, no entanto, o sepultamento de dentro de uma ambulância.
A catedral de Campinas, que foi fechada após o ataque, reabriu as portas nesta quarta-feira com uma missa  em homenagem às vítimas, celebrada na mesma hora do crime, 12h15. O templo recebeu cerca de 800 pessoas. “Sabemos que vocês, familiares, choram e nós choramos também. Mas o Senhor Jesus é nossa força. E, com ele, venceremos a dor, o mal e a morte”, disse o padre Rafael Capelato durante a cerimônia que lotou a igreja.

Investigação e diário

A polícia ainda investiga as motivações do crime e tenta conseguir mais pistas sobre os últimos momentos antes do atirador, que carregava uma mochila e duas armas, abrir fogo contra os fiéis após uma missa. Parte da tragédia dentro da igreja foi capturada pela câmera do circuito interno da catedral, instalada num ângulo alto da nave central, a contraluz. Os investigadores querem saber agora se o atirador encontrou com alguém antes do crime.
A polícia descobriu que Euler Grandolpho fazia uma espécie de diário onde anotava placas de carros e outras informações. Segundo a Folha de S.Paulo, as anotações apontam que ele se sentia perseguido e fazem possíveis referências a massacres no Ceará e em Realengo, no Rio de Janeiro.
Euler Grandolpho, de 49 anos, morava em Valinhos — a 11km da vizinha Campinas, com o pai, Eder, um senhor afeito a postagens católicas no Facebook. O atirador não trabalhava desde 2015, ficava quase todo o tempo recluso no quarto e tinha, segundo o delegado, um "comportamento estranho". Não tinha passagens pela polícia. Os parentes da vítima afirmaram que o atirador chegou a fazer tratamento para depressão e temiam que ele cometesse suicídio. O pai disse à polícia que não sabia que o filho possuía armas.

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