O presidente Michel Temer (MDB) decretou nesta sexta-feira uma intervenção federal em Roraima, no que integra uma resposta do governo federal para a crise sem fim dos refugiados venezuelanos que atinge o estado da região Norte do Brasil.
A decisão foi anunciada durante uma reunião de Temer com ministros no Palácio da Alvorada, e também tem como alvo a crise no sistema penitenciário de Roraima. O presidente destacou que a decisão foi negociada com a governadora do estado, Suely Campos.
"Tentamos os mais variados meios [...]. Não encontramos nenhuma saída legal para tanto, daí porque eu, ainda pouco tempo atrás, falei com a senhora governadora e disse que a única hipótese para solucionar esta questão, especialmente aquela de natureza salarial, seria decretar a intervenção até a posse, naturalmente, do novo governador, ou seja, até 31 de dezembro", explicou Temer.
"Fiz com a senhora governadora [Suely Campos] uma espécie de intervenção negociada. Ela acedeu a esta fórmula, concordou com esta fórmula, acha que de fato a situação está se complicando no estado de Roraima e que a melhor solução seria precisamente essa", complementou o mandatário brasileiro.
O interventor federal deverá ser nomeado neste sábado, de acordo com Temer, que também deve divulgar outros detalhes a respeito da decisão e seus efeitos.
A decisão aconteceu horas após uma audiência entre a União e o governo de Roraima terminar sem solução. O estado insiste desde em abril em fechar a fronteira com a Venezuela, mas tanto o Supremo Tribunal Federal (STF) quando Temer se negaram a aceitar o pedido.
Antes de Roraima, o governo Temer decretou uma intervenção federal na área de segurança pública no estado do Rio de Janeiro, em fevereiro deste ano, com a intenção de combater a violência presente no dia a dia da população e dos turistas. Ela também terá fim em 31 de dezembro.
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