A editora-chefe da Sputnik e do canal RT tem sido apontada pela inteligência dos EUA como a responsável pela "campanha de influência" que visava favorecer a eleição de Donald Trump.
"Todos os Estados possuem suas políticas de comunicação. E claro que um país como a Rússia tem a sua própria, e tem o direito de realizá-la", sublinhou:
Maria José Braga, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) expressou sua opinião em torno deste assunto destacando que "as críticas foram direcionadas contra a jornalista que chefia esses meios de comunicação russos por ser responsável pela eventual interferência russa nas eleições". Em entrevista à Sputnik Mundo, Braga explicou que "uma só pessoa não pode definir a política de um Estado".
Na opinião de Braga, é normal a existência de políticas editoriais, "mas não há nada que signifique uma intervenção política direta". Segundo a presidente da FENAJ, o conteúdo do relatório foi revelado através de comunicados da mídia sem oferecer nenhuma prova: Não há nenhuma comprovação de que realmente tenha sido interferido ou intencionado interferir nas eleições, aponta Braga.
As notícias representam Simonyan como a jornalista mais perigosa do planeta. Como exemplo, pode ser utilizado um artigo publicado no jornal argentino La Nación. Segundo Braga, "o texto de La Nación, escrito por uma mulher-jornalista, é um exemplo de anti-jornalismo" e não tem "informações concretas".
"Quando se trata de figuras públicas femininas, o sexismo está sempre presente, começando com a descrição física que absolutamente não intervêm na sua atividade profissional", conclui a presidente da FENAJ. O relatório publicado pelos serviços de inteligência dos EUA menciona o nome de Simonyan 27 vezes e a acusa de ter atuado através da Sputnik e do RT "como uma plataforma que visa aproximar a mensagem do Kremlin dos auditórios estrangeiros".
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