O secretário-geral da OLP, Saeb Erekat, em visita à Rússia de 12 a 14 de janeiro, disse à Sputnik International que vai entregar a carta ao ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, que, por sua vez, repassará a missiva ao presidente.
"Eu também tenho uma mensagem escrita do presidente Mahmoud Abbas ao presidente Vladimir Putin, que entregarei amanhã [sexta-feira] ao Sr. Lavrov. [A mensagem] pede a intervenção do presidente Putin e do ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, para sentar com a administração norte-americana a fim de impedir que a embaixada norte-americana seja transferida para Jerusalém, já que há consequências para este passo", disse Erekat.
A reunião de sexta-feira com Lavrov é "parte da coordenação e consulta em curso entre a Palestina e a Rússia", sublinhou o secretário-geral da OLP.
Israel considera toda a cidade de Jerusalém como sua capital, posição que não é reconhecida pela comunidade internacional. Os palestinos, por sua vez, querem Jerusalém Oriental como a capital de um Estado independente que eles procuram legitimar na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. As administrações anteriores da Casa Branca nunca favoreceram o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, mas o resultado das últimas eleições norte-americanas estimulou as especulações de que as coisas podem mudar dramaticamente a partir deste ano. No meio de sua campanha eleitoral em setembro passado, o agora presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse que Jerusalém tem sido "a eterna capital do povo judeu por mais de 3.000 anos", prometendo aceitá-la "como a capital indivisa do Estado de Israel" se fosse eleito.
Logo após o discurso de vitória do candidato republicano, David Friedman, seu assessor de assuntos relacionados a Israel, disse ao Jerusalem Post que "há toda a intenção" de manter a promessa da campanha e transferir a embaixada dos EUA para a cidade.
Em novembro, o enviado da Palestina para a ONU, Riyad Mansour, prometeu tornar a vida "miserável" para a Casa Branca se Trump transferisse a embaixada para a cidade, considerada sagrada por cristãos, muçulmanos e judeus, e afirmou que a medida representaria um flagrante desafio aos direitos da Palestina sobre a Jerusalém ocupada.
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