OPINIÃO! POR JOAQUIM HAICHEL: Uma terceira via

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Algumas pessoas têm me pedido que eu faça uma análise sobre o panorama eleitoral para a presidência da República, em 2022. Pois bem, procurarei ao máximo, não manifestar juízo de valor pessoal sobre qualquer aspecto desta análise. Tentarei ser, como sempre faço, o mais imparcial que me for possível, mostrando os aspectos positivos e negativos de cada fato, ato, cenário ou pessoa. 

Está mais que claro que as pessoas de bom senso de nosso país estão buscando uma terceira via política para fugir da triste sina de serem obrigadas a escolher entre um presidente boçal, desqualificado e incorrigível e um ex-presidente quadrilheiro, manipulador de massas e fingido.

Nenhum desses adjetivos são levianos ou despropositados. Algumas pessoas, de um lado e de outro, certamente discordarão de mim, mas essa é a minha visão.

A delimitação dos espaços está clara e facilita muito o entendimento de qualquer pessoa, por menos experiência e conhecimento que tenha sobre política. Temos os antagonistas posicionados dos dois lados do espectro político nacional, ou se preferirem, do ringue, do campo de batalha.

A direita aposta suas fichas na reeleição de um homem despreparado para o convívio social civilizado, incapaz de minimamente entender as regas básicas de urbanidade e civilidade, um asno que desqualifica o cargo que ocupa por não saber se portar dentro de regras sociais mínimas.

Por sua vez, a esquerda é representada por um sujeito que já foi tido como o maior líder popular que o Brasil já teve, mas que sucumbiu ao lado negro da força, desceu à mansão dos mortos e tal qual Jesus, ressuscitou, não no terceiro dia, mas no quingentésimo octogésimo dia, depois de amargar quase 2 anos, uns 20 meses na cadeia.

Gostaria de dizer que o meio do tabuleiro desse jogo, o centro desse campo de batalha, não está ocupado por ninguém, pelo menos, não por alguém relevante, que possa ter peso numa possível despolarização deste conflito. Mas não é exatamente bem assim. Existe um candidato que está se colocando como terceira via, disparando sua artilharia verborrágica nas duas direções. Vomitando de volta o refluxo nojento de Bolsonaro sobre o atual presidente e seus fanáticos apoiadores, e atirando as fedidas fezes produzidas por Lula e sua quadrilha de volta na cara da esquerdalha nacional, que não vê a hora de aportar novamente no poder.

Ciro Gomes, que prosaicamente tem o sobrenome do personagem icônico e progenitor da Família Adams, é aquilo que eu chamo de reles adjetivador. Um sujeito que fala bonito e não bem, que constrói suas sentenças empilhando adjetivos no sentido de impressionar a audiência, sendo que essas sentenças são totalmente desprovidas da necessária profundidade que sustente o que ele deseja expressar.

Se fosse um confeiteiro, um pâtissier, Gomes seria incapaz de fazer a massa ou o recheio do bolo, mas seria um exímio fazedor de coberturas, a parte decorativa da deliciosa e suculenta iguaria.

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