Antti Lipponen é um pesquisador do Instituto Meteorológico da
Finlândia empenhado em que o maior número possível de pessoas entenda a
importância da mudança climática.
Com base nas informações e nos conhecimentos que obtém em seu trabalho,
ele cria gráficos em movimento pensados para as redes sociais que
explicam o aquecimento global em menos de um minuto.
Em 25 de agosto, publicou um deles em sua conta no Twitter com dados da
Nasa.
Nele, inclui as anomalias térmicas de mais de 190 países entre 1880 e
2017. “Dá medo”, disse o próprio Lipponen ao mostrar o gráfico pela
primeira vez. A imagem foi compartilhada mais de 18.000 vezes em duas
semanas de publicação. No início de setembro, ele publicou uma versão
mais ampla do gráfico, com mais países incluídos.
“Quero demonstrar que as consequências da mudança climática não vão
chegar em um futuro próximo, nós já as estamos vivendo, e fazer isso em
um âmbito mais amplo do que o estritamente científico”, comenta ao Verne
por telefone.
Lipponen considera anomalia térmica a diferença entre a temperatura
de cada ano e a média do período entre os anos de 1951 e 1980. À medida
que os países vão se aquecendo, as bolhas coloridas que os representam vão crescendo.
Além das muitas horas de pesquisa que investe em seu trabalho, o
finlandês dedicou outras quatro horas para a criação do gráfico que
resume os dados. O último plano mostra a diferença de graus de cada país
em 2017 em relação à média.
Embora países como Mongólia e Rússia
mostrem aumentos de temperatura mais pronunciados, superiores a dois
graus, há outros lugares do planeta nos quais devemos prestar mais
atenção.
“Se a Antártida
degelar ao ter um clima mais quente, essa enorme quantidade de água se
transformará em inundações em outros países”, aponta Lipponen. “Não há
motivo para que alguns políticos neguem a mudança climática. Não
acredito que façam isso por ignorância, e sim por um interesse cínico”,
comenta.
O pesquisador já criou no ano passado um gráfico com informações similares, que foi compartilhado por mais de 11.000 usuários.
FONTE! EL PAÍS BRASIL MEIO-AMBIENTE.
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