Não surpreendeu o racha que fracionou o PT na corrida para a Prefeitura de São Luís, com um grupo liderado pelo vereador Honorato Fernandes, que tem o aval da direção estadual, apoiando oficialmente a candidatura de Rubens Júnior (PCdoB), que o tem como companheiro de chapa; outro, liderado pelo deputado federal Zé Carlos, declarando apoio à candidatura de Duarte Júnior (Republicanos); e um terceiro, disperso, sem lideranças à vista, apoiando sem muito alarde a candidatura de Bira do Pindaré (PSB).
Tal situação é a tradução fiel do PT maranhense, um braço partidário formado por correntes que se digladiam sem nunca encontrar um objetivo comum nas eleições estaduais e municipais. O melhor exemplo dessa múltipla dessa feição retalhada do PT foi largamente exposta quando o partido decidiu aliar-se ao Grupo Sarney. O racha foi tão forte e a confrontação foi tão intensa e prolongada que resultaram na saída de dois ícones do partido no Maranhão: Domingos Dutra, que migrou para o PDT e depois para o PCdoB, e Bira do Pindaré, que se asilo no PSB, onde permanece até hoje, recebendo o apoio de petistas em todas as suas eleições.
O PT só decidiu apoiar a Rubens Júnior depois de um longo jogo de cena estimulado pelo comando nacional. Primeiro houve o ensaio da candidatura do deputado Zé Inácio, uma óbvia e manjada jogada de pressão, que não funcionou. Depois o partido ganhou tempo com grupos ameaçando se dividir entre vários candidatos. E finalmente o apoio formal da banda maior do partido ao candidato do PCdoB, ganhando em troca a vaga de candidato vice para o vereador Honorato Fernandes, que preside o partido na Capital.
A declaração de apoio do deputado federal Zé Carlos a Duarte Júnior e a ausência das principais lideranças do PT na convenção que formalizou a chapa Rubens Júnior/Honorato Fernandes sinalizaram claramente que o PT está rachado em São Luís.
Da coluna Repórter Tempo
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