Editora-chefe da Sputnik diz não entender as 'democráticas' recomendações francesas

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Editora-chefe da Spuntik e RT, Margarita Simonyan (foto de arquivo)


Ao comentar as recomendações que o movimento La République en marche! do presidente Macron fez às edições francesas quanto a não divulgarem as informações do RT e Sputnik, a editora-chefe de ambas as mídias, Margarita Simonyan, assinalou que "tinha uma outra noção dos valores democráticos".

"O partido do presidente democrático Macron, de forma democrática, aconselhou as mídias francesas 'a não divulgarem as informações' do RT e Sputnik, já que não gostávamos muito do seu candidato. Eu, na verdade, tinha uma outra noção dos valores democráticos", diz-se no comunicado de Simonyan que ficou à disposição da Sputnik.
No site do movimento La République en marche! afirma-se que o RT e a Sputnik teriam alegadamente publicado dados falsos sobre Macron no período das eleições presidenciais francesas. Ademais, o texto apela às mídias francesas e internacionais para que "parem de divulgar sistematicamente as informações" fornecidas pelo RT e Sputnik "mesmo caso isto se faça com o fim de verificar a argumentação de tais informações".
No seu comunicado, o movimento La République en marche! também se dirigiu aos chefes das grandes redes sociais "para que estas qualifiquem as respectivas mídias como claramente propagandistas".

Em março, um conselheiro do então candidato à presidência francesa acusou o RT e Sputnik de "serem a principal fonte de informação falsa" sobre Macron.
Mais cedo, a equipe de Macron acusou a Sputnik e o RT de estarem envolvidos na divulgação das informações sobre suas contas offshore nas Bahamas. A Sputnik, por sua vez, assinalou que as afirmações sobre tal envolvimento são falsas, enquanto Simonyan indicou que o porta-voz de Macron não conseguiu apresentar nenhum exemplo de "fake news" publicadas pelas mídias russas. Simonyan adiantou que, pela lógica de Macron, devemos expulsar todas as edições ocidentais da Rússia, já que estas sempre se manifestam contra o presidente russo Vladimir Putin, apoiando a oposição russa e tentando intervir nas eleições.
A editora-chefe da Sputnik resumiu que o rótulo de "fake news" em todas as matérias noticiosas que Macron não gosta cria um precedente perigoso que ameaça tanto a liberdade de expressão como o jornalismo em geral.


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