Jungmann chama interesse dos EUA na Amazônia de 'fake news' e defende espionagem militar.

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O ministro da Defesa, Raul Jungmann, participou de audiências com deputados federais e senadores nesta semana no Congresso Nacional, em Brasília. Foi uma oportunidade do ministro abordar temas importantes, esclarecer dúvidas e fazer pedidos.

Entre as polêmicas recorrentes, Jungmann falou sobre as alardeadas ameaças à soberania nacional, relativas a supostos interesses dos Estados Unidos na Amazônia, e em operações do Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão.
Na Câmara, o ministro foi questionado sobre as notícias que repercutiram, especialmente nas redes sociais, de que tropas dos EUA teriam sido convidadas pelo Exército para exercícios militares na tríplice fronteira amazônica entre Brasil, Peru e Colômbia em novembro deste ano.
“Isso não existe. Não passa de ‘fake news’ [notícia falsa]”, disse Jungmann, explicando ainda que a doutrina de defesa do Brasil não permite a presença de tropas estrangeiras no país, a não ser de países da América do Sul, e o que existe é a presença de observadores americanos e de outros países em ações pontuais, da mesma forma que militares brasileiros fazem no exterior.
Sobre a Base de Alcântara, Jungmann disse que o foco do governo é não fazer acordos de exclusividade, que causaram perdas anuais de US$ 1,5 bilhão ao país, segundo o ministro. Em audiência no Senado, ele mencionou vários países – entre eles os EUA –, a fim de parcerias para o uso da plataforma.
“Nesta nova concepção nós vamos trabalhar com China, Rússia, EUA, Israel, França, com empresas nacionais, seja quem for. Já estamos negociando com qualquer país que tenha interesse, não haverá monopólio”, comentou, exaltando a base como “a melhor do hemisfério”, capaz de colocar o país no lucrativo mercado de lançamento de satélites.

Ministro Raul Jungmann

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