MACONHA - Pequenos agricultores receberam incentivos do governo do PT para cultivo no Polígono da Maconha

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A plantação de maconha no "Polígono das cannabis" (Maconha), criado no sertão nordestino, inclusive às margens do Rio São Francisco, foi expandida por a politica de financiamento agrário do PT nos anos do governo Lula e Dilma Rousseff. Há uma explosão no cultivo da droga com os subsídios do Governo Federal , principalmente na região de  Salgueiro, o grande centro de distribuição, localizada no entroncamento das rodovias BR-232 e a BR-116.

Não bastasse o cultivo da “agricultura familiar”, que usa a produção de mandioca para esconder a de cannabis, os políticos e a parceria com os grandes grupos de narcotraficantes encontraram uma maneira de financiar campanhas e manter seus redutos intocáveis.

Os trabalhos de inteligência já identificaram o problema, principalmente com a migração gigantesca de traficantes ligados ao PCC e ao Comando Vermelho para os Estados do Nordeste, superlotando as cadeias e apresentando “modus operandi”somente visto no Sudeste e Sul do país, como as explosões da caixas eletrônicos e agências bancárias e toques de recolher junto as comunidades, aliciamento de jovens para serem soldados do tráfico.

“Identificamos, agora a questão é o quê fazer. A ação do Rio de Janeiro foi um paliativo, na mesma semana soubemos de uma migração em massa para o Nordeste, Espírito Santos e o eixo Rio-São Paulo e a intensificação da rede no interior paulista, do Mato Grosso e dos Estados do sul. Como vamos combater algo que tem interferência de políticos, da justiça e também da própria população? “, questionou o agente do serviço de inteligência.

A produção nordestina, do polígono, é escoada para todo o país junto com os produtos agrícolas da região. O modelo de desenvolvimento agrícola facilitou isso, sem fiscalização, com o MST dominando as áreas produtivas e recebendo os investimentos, a maconha produzida nas margens do rio São Francisco não só está abastecendo o mercado interno, como o externo. E trouxe uma repentina prosperidade para os municípios de Cabrobó, Orocó, Petrolina, Carnaubeira da Penha, Belém de São Francisco, Betânia, Floresta e Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco; e Juazeiro, Paulo Afonso, Glória e Curaçá, na Bahia e de Salgueiro.

“Hoje o movimento para legalizar, que envolve diversos políticos, não tem a finalidade de minimizar o problema, mas de regulamentar essas fontes de recursos. As comissões de investigação sobre o narcotráfico numa prosperam, não é por falta de empenho ou de informações, mas sim pelo excesso de autoridades envolvidas com isso. Maconha hoje é a base do financiamento de partidos, de fonte extra de rendas: de juízes, da polícia de vários locais e do desvio de milhões de reais dos cofres públicos, hoje o financiamento do tráfico é oficial”, observou a fonte do DefesaNet.

A transposição desastrosa das águas do São Francisco e a ferrovia Transnordestina, que passa pela região do polígono da maconha, são  apontadas como manobras muito bem sucedidas para mascarar interesses criminosos na região. A parceira narcotraficantes e os poderes institucionais é a mais profícua possível na região.  O povo carente, com cultivos de produtos de baixo valor dentro do mercado e que precisam de transformação como a farinha para serem comercializados, encontrou na maconha um produto de alto rendimento, perfeitamente adaptável ao clima e solo, e de retorno comercial alto e instantâneo.

Segundo a fonte, além do pagamento em dinheiro pela produção da maconha os agricultores ainda recebem mensalmente os valores pagos pelos auxílios do governo federal. Como não há fiscalização e a existente é extremamente corrupta e comprometida com o esquema criminoso, as variedades de cannabis estão sendo ampliadas, há atualmente o plantio das variedades de Cannabis:  Sativa, Indica e Ruderalis. Para os agentes, em breve essa região estará como a principal produtora do mundo, pois o governo federal tem implantado no local novas tecnologias de cultivo de alto rendimento.

“A questão vai além dos lobistas em Brasília, mas do traficante que se tornou político e que criou seu próprio microestado. Agora estão trazendo mão de obra de migrantes estrangeiros para começarem a diversificar a oferta de produtos a partir da maconha, como óleo, haxixe e outras drogas que em associação com a cannabis. A produção daqui tem ido para a Venezuela, que distribui para outros centros”, informou o agente.



Observar o Polígono da Maconha em Pernambuco e também as crescentes áreas de planatação do Maranhão e Pará. 

De acordo com o pesquisador da Universidade de Juiz de Fora Paulo Fraga, em reportagem ao jornal espanhol El País, os agricultores familiares, que subsistiam em meio à briga por terra entre os poderosos que financiavam suas disputas políticas com a produção de maconha, passaram a conviver com um negócio cada vez mais associado ao crime organizado de fora da região.

Um trecho da vasta reportagem do El País, ‘Facções criminosas transformam o polígono da maconha em Pernambuco’, de 14 de outubro deste ano: “Para os pequenos agricultores, sobretudo os que sobrevivem com dificuldade na agricultura familiar, a profissionalização do tráfico torna-se oportunidade de emprego, tanto na produção de maconha – que oferece uma remuneração maior do que as roças de mandioca predominantes na região – como na vigilância. Segundo, o professor José Maria Nóbrega, do Núcleo de Estudos de Violência da Universidade Federal de Campina Grande, o sistema de plantio da cannabis não difere muito de outras culturas feitas na região; a diferença está na rede clandestina de distribuição do produto. Tráfico e campanhas políticas”. 

E a reportagem ainda revela “De acordo com Nóbrega, a distribuição só é possível com a ajuda de agentes do Estado. “Sem a participação desses atores dentro do poder legislativo, executivo, na polícia regional, dificilmente há sucesso da prática criminosa”, diz. “Na questão da logística é preciso uma engenharia sofisticada, como a gente encontra com as facções criminosas que atuam dentro dos presídios. Esses grupos oferecem matéria-prima e mão de obra para o tráfico e recebem facilitações de agentes estatais e atores políticos, principalmente do poder legislativo. O dinheiro do tráfico financia campanhas políticas, levando pessoas que participam desses esquemas para dentro do poder público, vindo a facilitar a logística e engenharia desses grupos criminosos. Quando há investigações mais profundas sobre o tráfico, os delegados são pressionados pelos políticos para maneirar suas investigações, havendo até ameaças veladas de transferências”, conta o professor.”

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O Documento do US  Drug and Enforcement Agency (DEA), publicado pelo Centro de Inteligência "El Paso Intelligence Center" demonstra que a descriminalização da Maconha não elimina as ações das Organizações Criminosas no mercado.
O El PAso Intelligence identifica três grandes mercados de marijuana operados pelas Organizações Criminais nos Estados Unidos:

1 - legal markets, TCOs sell illegally grown marijuana;
2 - Illegal markets, TCO’s are selling marijuana to proscribed customers, such as children; and in,

3 - Black markets, TCO’s sell marijuana at prices that undercut legally sold marijuana.

Nos três mercados as Organizações Criminais geram perdas de impostos.






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