O complexo portuário abriga o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), inaugurado por Dilma Rousseff em 2015, que em agosto de 2017 bateu o recorde histórico de exportação, de 5 milhões de toneladas de soja.
Além do Tegram, o governo Dilma incluiu o Maranhão no Programa de Investimento em Logística 2015/2018, prevendo o investimento de R$ 500 milhões, para garantir ao local a capacidade de movimentar 2 milhões de toneladas/ano de celulose e 4,3 milhões de toneladas/ano em graneis minerais, uma elevação de 30% na movimentação de cargas.
Juntamente com os terminais privativos da VALE e Alumar, Itaqui forma o maior complexo portuário do Brasil, movimentando mais de 160 milhões de toneladas de carga. A administração do porto é realizada pela Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), de caráter público.
A soma de empregos diretos e indiretos gerados a partir da atividade portuária chega a cerca de 14 mil postos de trabalho. Isso inclui os colaboradores da Emap e as operadoras e arrendatárias, além de funcionários de órgãos públicos.
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Segundo o estivador e secretário geral do sindicato da categoria, Ivan Júnior, “após 2002, com a entrada de Lulano governo, o Porto de Itaqui deu um salto gigantesco, tanto na infraestrutura, como na movimentação de cargas”.
Ele destaca que “houve uma ampliação da zona portuária, foram construindo mais cais, houve o advento do Tegram, que é o terminal de grãos do estado, o desenvolvimento econômico propiciou um aumento da economiae porventura mais postos de trabalho, mais ganhos salariais para o trabalhador”.
“Houve uma espécie de revolução no mercado de trabalho do Porto de Itaqui”, defende o estivador. “A gente tem a clareza de que nos anos Lula e Dilma, a movimentação de carga, o desenvolvimento, tudo isso propiciou um ganho salarial, um aumento na renda de todos os trabalhadores que ali operam”.
Ao todo, cerca de 400 estivadores trabalham no porto. A categoria não sofre com demissões, mas segundo Ivan, muitos estão preocupados a destruição das leis trabalhistas, promovido pelo governo usurpador de Michel Temer.
“Está uma angustia generalizada, por conta de todos esses ataques, por conta de todas essas reformas que estão sendo colocadas via congresso nacional a mando do governo Temer”
“Já estamos sentindo na pele o que é um governo que não tem compromisso com a classe trabalhadora, que não tem compromisso com os mais pobres”, afirma.
Kamilla Ferreira/Agência PT
Apesar dos ataques à classe trabalhadora, o porto segue tendo uma importância estratégica. Itaqui é o quinto porto público do Brasil em movimentação de cargas e o primeiro em profundidade. Fechou o primeiro semestre de 2016 com R$ 7,3 bilhões de recursos movimentados em mercadorias e lucro líquido de R$ 28,9 milhões, valor superior à soma do lucro total obtido em 2013 e 2014.
Com a estiagem que assolou o país em 2016, houve uma quebra da safra de grãos que impactou a movimentação de cargas ao final do ano. A Emap fechou o período com 16,9 milhões de toneladas movimentadas, mas precisou reduzir despesas em R$ 25 milhões, fechando o ano com lucro líquido de R$ 42,9 milhões e preservando todos os investimentos planejados.
Segundo Ivan, a visita de Lula ao porto, é um incentivo para a classe trabalhadora. “O retorno do Lula faz com que a classe trabalhadora, os mais pobres, possam sentir uma espécie de esperança, porque somente nos governos Lula e Dilma que os trabalhadores tiveram acesso aos bens de consumo, tiveram acesso ao desenvolvimento. Nos sentimos muitos felizes com a vinda do Lula no Maranhão, a visita ao porto de Itaqui, nos sentimos abraçados”.
Lula pelo Brasil
A viagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos estados do Nordeste, entre agosto e setembro, é a primeira etapa de um projeto que deve alcançar todas as regiões do país nos meses seguintes.
O projeto Lula Pelo Brasil é uma iniciativa do PT com o objetivo de perscrutar a realidade brasileira, no contexto das grandes transformações pelas quais o país passou nos governos do PT e o deliberado desmonte dos programas e políticas públicas de desenvolvimento e inclusão social, que vem sendo operado pelo governo golpista nos últimos dois anos.
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