A Amazônia e seus povos estão sob ataque desde que Temer assumiu o governo. Em sua primeira viagem internacional, o presidente golpista levou um puxão de orelhas do governo norueguês, e ainda viu um corte de 50% dos recursos que eram destinados a um fundo criado no governo Lula para a preservação da floresta – em que já havia sido investido US$ 1,1 bilhão entre 2009 e 2016. Depois, Temer sancionou a MP da Grilagem, que permite a legalização de áreas públicas invadidas e funciona como uma autorização velada para o acirramento dos conflitos por terras na região e, consequentemente, do aumento do desmatamento. Além disso, assinou um parecer que leva à paralisação de 748 processos de demarcação de terras indígenas, ao mesmo tempo em que se cala vergonhosamente diante do crescimento dos massacres no campo.
Com Lula e Dilma, registramos pela primeira vez uma queda significativa no desmatamento da Amazônia e ainda obtivemos espaço nas discussões ambientais do planeta, o que pode ser comprovado por nossa decisiva e elogiada participação durante o acordo celebrado em Paris. Um cenário bem diferente dos anos 80 e 90, quando Sting e o cacique Raoni desdobravam-se para denunciar as mazelas na floresta. Todo esse trabalho de conscientização e mobilização precisa ser retomado para que não tenhamos que conviver com retrocessos ainda maiores nessa área.
A Amazônia não está à venda. O Brasil e suas riquezas naturais são muito maiores do que a sanha entreguista do governo passageiro de Michel Temer. As reações favoráveis à preservação da Renca vão além das questões ambientais. Elas são também uma demonstração de que o povo brasileiro está atento e capacitado para frear outras maldades gestadas no Palácio do Planalto, que só beneficiam os mais ricos, mas trazem claros prejuízos ao povo que trabalha duro para sobreviver.
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